Dados da Assertem (Associação Brasileira do Trabalho Temporário) estimam que 22% dos trabalhadores temporários sejam efetivados em 2024, superando os 20% registrados no ano anterior. Com isso, o ano aponta um caminho de recuperação na geração de emprego, como demonstra também a taxa de desemprego de 7,5%, divulgada recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que está em seu menor patamar desde fevereiro de 2015.
O mercado de trabalho vem, portanto, criando mais vagas, mas para conquistá-las é preciso se atentar ao que é pedido nos processos seletivos. “Hoje, as empresas não olham apenas qualificações e competências técnicas, as chamadas hard skills. Aptidões comportamentais, na nomenclatura em inglês soft skills, são tão importantes quanto”, explica Debora Herdeiro, Gerente de Recrutamento e Seleção da Luandre, uma das maiores empresas de RH do país.
Além de estudar sobre a empresa antes da entrevista e fazer uma relação das experiências de trabalho que valem a pena ser destacadas durante a conversa, entender os pontos fortes e aqueles que podem ser melhorados também contribui com a performance neste tipo de ocasião.
Debora destaca que essas qualidades, que não podem ser tangibilizadas por diplomas ou certificados, precisam ser enfatizadas. Por exemplo, uma pessoa que está buscando uma oportunidade no varejo sairá na frente se possuir alguma formação relacionada, contudo sua comunicação verbal pode ser um decisor para que o recrutador o admita.
A especialista da Luandre acredita que as soft skills podem ser desenvolvidas ao longo dos anos de experiência e observações diárias: “tudo vai depender da vontade e da curiosidade do candidato. Profissionais excelentes são aqueles que conciliam os conhecimentos técnicos com as capacidades pessoais e se desenvolvem em cada um desses quesitos”.
