Em setembro, o Índice de Confiança dos Serviços (ICS) recuou 0,5 ponto, para 96,9 pontos, depois de cair 0,6 em agosto.
No último mês, a retração do ICS foi influenciada exclusivamente pela piora das perspectivas em relação aos próximos meses: o Índice de Expectativas (IE-S) caiu 1,6 ponto, para 94,7 pontos. Entre os indicadores que compõem o IE-S, ambos contribuíram negativamente para o resultado: o de demanda prevista nos próximos três meses recuou 1,9 ponto, para 94,9 pontos, e o que indica a tendência dos negócios nos próximos seis meses retraiu 1,3 ponto, para 94,5 pontos, mantendo-se abaixo dos 100 pontos desde setembro de 2022 (100,1 pontos).
“O grande desafio é em relação aos próximos meses. Apesar de sinais positivos no ambiente macroeconômico, a maior parte dos segmentos ainda demonstra cautela em suas expectativas. No entanto, para as datas de fim de ano, a perspectiva de melhora dos fatores macroeconômicos pode ter impacto positivo em parte do setor, como nos serviços prestados às famílias”, avaliou Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
A confiança no comércio também recua. O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do FGV IBRE recuou 1,6 em setembro para 92,2 pontos. Em médias móveis trimestrais também houve queda de 0,7 ponto, sendo a primeira depois de cinco altas consecutivas.
A queda do ICOM em setembro foi disseminada em 4 dos 6 principais segmentos do setor e nos dois horizontes temporais. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 0,4 ponto, para 94,2 pontos, o menor patamar desde maio deste ano (90,1 pontos). Entre os indicadores que compõem o ISA-COM, a queda foi influenciada pelo que mede o volume de demanda no momento presente, que caiu 1,1 ponto.