Evento na COP30 reforça parceria estratégica entre Amazônia Legal e China por um futuro sustentável e de prosperidade compartilhada
O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL) e instituições chinesas reforçaram, durante a COP30, os laços de cooperação científica, econômica e ambiental entre o Brasil e a China. O evento “Brazil and China Towards Sustainability in a Shared Future”, realizado no pavilhão do Consórcio na Blue Zone, reuniu autoridades, cientistas e representantes de governos dos dois países para debater soluções conjuntas em energia, agricultura, biodiversidade e transição ecológica.
A iniciativa, organizada pelo Consorcio da Amazônia Legal em parceria com o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), o Ministério da Ecologia e Meio Ambiente da China e a Universidade Renmin (RUC), celebrou os 50 anos das relações diplomáticas Brasil–China e a recente declaração conjunta que institui a “Comunidade Sino-Brasileira de Futuro Compartilhado para um Planeta Sustentável”.
O encontro bilateral contou com quatro painéis temáticos: “Experiências sino-brasileiras em florestas e infraestrutura”, “O ar que respiramos: conexões para a qualidade do ar e cidades verdes”, “Transição energética e cooperação China–Brasil” e “A caixa de ferramentas do futuro da agricultura: inteligência artificial e práticas regenerativas”.
Marcello Brito, secretário-executivo do Consórcio da Amazônia Legal e enviado especial da COP30 para os estados subnacionais da Amazônia, destacou que o encontro inaugura uma nova fase da cooperação entre as duas regiões. “Brasil e China mostraram hoje que essa parceria se baseia em agendas concretas sobre florestas, qualidade do ar, transição energética e o futuro da agricultura com inteligência artificial e práticas regenerativas. Quando colocamos ciência, investimento e floresta em pé na mesma mesa, abrimos caminho para uma verdadeira prosperidade compartilhada entre a Amazônia Legal e a China”, disse.
O presidente do IPAM e enviado especial da COP30 para a sociedade civil, André Guimarães, o diálogo Brasil–China sobre clima é estratégico para a segurança alimentar e econômica dos dois países. “Brasil e China são dois gigantes do Sul Global, profundamente conectados por uma relação comercial baseada, entre outros temas, na produção de alimentos. Por isso, aproximar Brasil e China para discutir riscos climáticos e proteger a floresta é, ao mesmo tempo, boa política ambiental e um excelente investimento econômico para os dois países”, afirmou.
As discussões destacaram a urgência de ampliar investimentos conjuntos em conservação, bioeconomia, ciência e tecnologia, com foco na redução do desmatamento e na valorização dos ativos ambientais e culturais da Amazônia.
Como desdobramento do encontro, representantes dos dois países se comprometeram a desenvolver, a partir dos debates realizados hoje, um documento técnico bilateral com recomendações e experiências de sucesso em ambos os países, consolidando a parceria entre o Consórcio da Amazônia Legal e as instituições chinesas em torno de uma agenda comum de sustentabilidade, inovação e prosperidade compartilhada.
