Um consórcio liderado pela Fictor Holding Financeira protocolou um pedido junto ao Banco Central (BC) para a aquisição do Banco Master S.A. A transação, que prevê um aporte inicial de R$ 3 bilhões, conta com a participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos.
A operação marca a saída de Daniel Vorcaro, fundador e presidente do Banco Master, que venderá todas as suas ações na instituição para se dedicar exclusivamente à sua holding patrimonial.
Com a conclusão das etapas regulatórias, o banco passará a se chamar Banco Fictor e terá uma nova diretoria e conselho. O nome cotado para assumir a presidência da instituição é Antônio Oliveira Neto. Com mais de 25 anos de experiência no sistema financeiro nacional, Antônio possui passagens por grandes instituições globais como JP, Santander e HSBC.
A aquisição pelo consórcio Fictor é focada no Banco Master S.A., não incluindo o Will Bank e o Banco Master de Investimentos, que estão em negociação para venda a outros grupos distintos de investidores, inclusive estrangeiros.
A Fictor Holding Financeira, que realiza a aquisição, é um grupo brasileiro de participações e investimentos com um portfólio que abrange 30 empresas no Brasil, Estados Unidos e Europa, empregando cerca de 6 mil colaboradores. Seus sócios reúnem experiência nos setores financeiro, de infraestrutura e de alimentos.
Em entrevista, Rafael Góis, sócio da Fictor Holding Financeira, afirmou que a aquisição representa o passo de entrada do grupo no mercado financeiro brasileiro. Ele ressaltou o alinhamento do grupo com as “melhores práticas de governança” e o foco em produtos desenhados para o mercado nacional.
A transação ocorre cerca de dois meses depois de o Banco Central reprovar a proposta de venda do Banco Master para o Banco de Brasília (BRB), uma instituição pública do Distrito Federal, em setembro. A polêmica envolvendo o controle do Master teve início em março deste ano com o anúncio da negociação com o BRB.
Daniel Vorcaro, dono do Master, descreveu a atual transação como uma negociação privada “com players complementares e de alcance global”. Ele expressou otimismo, afirmando que a união dos produtos do Master com a capilaridade de distribuição da Fictor “levará o novo banco ao protagonismo no cenário brasileiro, que tanto carece de novos players e de concorrência saudável”.








