A conta de luz do brasileiro deve subir, em média, 5,6% em 2024, segundo projeções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), compartilhadas pelo diretor-geral Sandoval Feitosa. A elevação ultrapassa os 3,86% da inflação prevista para o mesmo período, conforme indicado no último relatório Focus do Banco Central.
Anualmente, a Aneel realiza ajustes nas tarifas de energia aplicadas pelas distribuidoras. Em 2023, por exemplo, a agência projetou um aumento de 6,8% nas tarifas das distribuidoras, entretanto, a elevação foi de 5,9%.
Para além da inflação, o reajuste considera o custo de geração e transmissão de energia, tributos setoriais, despesas operacionais da distribuição, expansão da rede de energia do país, entre outros, conforme explicado por Feitosa.Além disso, o aumento decorre de três fatores principais:
- a energia contratada no mercado cativo (aquele em que os consumidores são atendidos pelas distribuidoras locais de energia elétrica);
- a expansão da rede de transmissão;
- a conta de subsídios, que está em alta nos últimos anos e é rateada entre todos os consumidores.
Sobre a expansão da rede, Feitosa diz que é “necessária para integrar as fontes renováveis, é necessária também para trazer confiabilidade para o atendimento, mais segurança para o atendimento do SIN Sistema Interligado Nacional e ligar áreas que ainda estão isoladas”.