As contas do governo federal registraram um déficit primário de R$ 1,53 bilhão em março deste ano, conforme divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta segunda-feira (29). O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo as despesas do governo.
Segundo o governo, o déficit registrado em março é o maior para o mês desde 2022, quando o rombo totalizou R$ 6,97 bilhões (valor corrigido pela inflação). Este déficit aconteceu apesar do bom desempenho da arrecadação, que atingiu R$ 190,6 bilhões, estabelecendo um recorde histórico para o período.
De acordo com o Tesouro Nacional, no acumulado dos três primeiros meses deste ano, as contas do governo registraram um superávit primário de R$ 19,43 bilhões. No entanto, isso representa uma piora em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi registrado um superávit fiscal de R$ 31,2 bilhões nas contas do governo.
A receita líquida apresentou um aumento de R$ 44,9 bilhões (+9,1%) nos três primeiros meses deste ano, enquanto a despesa total aumentou R$ 58,2 bilhões (+12,7%), na comparação com o mesmo período de 2023.
De acordo com o relatório de avaliação de receitas e despesas divulgado na semana passada, entretanto, as contas do governo deverão registrar um déficit de R$ 9,3 bilhões neste ano.