Copel conclui migração para Novo Mercado da B3 

A Copel (CPLE3) consolidou nesta segunda-feira (22) um marco histórico em sua trajetória corporativa ao concluir a migração para o Novo Mercado da B3, o segmento de listagem com os padrões de governança mais rigorosos do Brasil.

Com a mudança, a companhia simplifica sua estrutura societária e passa a negociar exclusivamente ações ordinárias (ON), que garantem direito a voto a todos os investidores. Os antigos códigos de negociação deixam de existir, unificando-se sob o ticker CPLE3.

Segundo o comunicado oficial da elétrica paranaense, a entrada no Novo Mercado reflete um compromisso estratégico com a transparência e a geração de valor de longo prazo, alinhando a empresa às melhores práticas globais.

Além da reestruturação acionária, a Copel encerra o ano com uma notícia positiva para o bolso dos investidores: a aprovação de R$ 1,35 bilhão em dividendos, montante que corresponde a R$ 0,45460171311 por ação.

O cronograma de pagamentos e as regras de elegibilidade já foram estabelecidos. Terão direito ao provento os acionistas que detiverem posição na empresa até o fechamento do pregão de 30 de dezembro de 2025.

A partir de 2 de janeiro de 2026, as ações passarão a ser negociadas “ex-dividendos”. Embora o montante já esteja definido, o valor exato por ação pode sofrer ajustes residuais caso acionistas preferencialistas decidam exercer o direito de recesso por discordarem da migração.

O pagamento efetivo dos dividendos deve ocorrer até o dia 30 de junho de 2026, após a ratificação formal em Assembleia Geral Ordinária agendada para abril. Com esse movimento duplo — governança reforçada e remuneração robusta —, a Copel busca atrair novos investidores institucionais e consolidar sua posição como uma das empresas mais eficientes do setor elétrico nacional.

A unificação das ações tende a ser muito benéfica para a liquidez. Antes, o volume financeiro ficava dividido entre CPLE3, CPLE5 e CPLE6. Agora, todo o fluxo de compra e venda está concentrado em um único ticker.

Essa concentração atrai grandes fundos de investimento internacionais que possuem mandatos rígidos: muitos deles só investem em empresas do Novo Mercado e que possuem um volume diário de negociação elevado. Portanto, a tendência é que o papel se torne mais “fácil” de comprar e vender sem grandes distorções de preço (menor spread).

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