Coreia do Sul tenta garantir aporte de US$ 350 bilhões dos EUA por meio de acordo não vinculativo

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul decidiram criar um acordo não vinculativo para regulamentar um fundo de investimento de US$ 350 bilhões, anunciado em julho como parte de um novo pacto comercial. A decisão visa definir a operação e a estrutura dos fundos, após o surgimento de divergências sobre a interpretação do acordo.

O conselheiro de política presidencial sul-coreano, Kim Yong-beom, declarou nesta segunda-feira que houve progresso nas negociações durante sua visita a Washington. Ele se reuniu com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e afirmou que os dois países esperam assinar um Memorando de Entendimento (MOU) para supervisionar o plano de investimento o mais rápido possível.

As negociações buscam resolver questões-chave, como a distribuição de lucros. Anteriormente, as autoridades sul-coreanas contestaram declarações de Lutnick de que os EUA ficariam com 90% dos lucros dos investimentos. A Coreia do Sul também argumentou que o fundo seria composto principalmente por empréstimos e garantias, e não por investimentos em ações.

As declarações de Donald Trump em julho, de que a Coreia do Sul investiria em projetos “de propriedade e controlados pelos Estados Unidos”, também causaram atrito. Em resposta, as autoridades sul-coreanas afirmaram que um mecanismo de segurança seria adicionado para mitigar riscos, incluindo o compromisso dos EUA de comprar produtos dos projetos e investir apenas em projetos comercialmente viáveis.

O “pacote financeiro” será destinado a setores estratégicos como minerais, baterias, chips, produtos farmacêuticos, inteligência artificial e computação quântica. Adicionalmente, até US$ 150 bilhões foram alocados para a construção naval. A Coreia do Sul planeja criar uma força-tarefa, liderada pelo Ministério das Finanças, para detalhar a implementação do plano.

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