Cortes da Selic: Copom reduz taxa Selic em 0,5 ponto percentual

Foi uma ação esperada pelo mercado, a Selic passou de 13,35% para 12,75% ao ano.

Reprodução/ Getty Images

O Comitê de Política Monetária (COPOM), do Banco Central, anunciou o segundo corte seguido da taxa Selic. A taxa caiu para 12,75%, após um corte de 0,50 ponto percentual. Segundo comunicado emitido pelo Banco central, a evolução do processo de desinflação, o balanço de riscos e os cenários avaliados fizeram com que o Copom tomasse a atitude de reduzir a taxa básica de juros.    

Projeções de inflação do Copom indicam a porcentagem de 5,0% em 2023, 3,5% em 2024 e 3,1% em 2025. A inflação dos preços administrados é de 10,5% em 2023, 4,5% em 2024 e 3,6% em 2025. 

Os principais fatores de risco alto apresentados são, uma maior persistência das pressões inflacionárias globais e uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado. Já os principais fatores entre os riscos de baixa são, uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada e os impactos do aperto monetário sincronizado sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.

A Selic encontra-se no menor patamar desde maio de 2022.   

O que é a taxa Selic?

A Taxa Selic, abreviação de Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela é definida pelo Banco Central do Brasil e serve como referência para diversas operações financeiras no país. A Taxa Selic é um dos principais instrumentos de política monetária utilizados pelo Banco Central para controlar a inflação e promover a estabilidade econômica.

A Taxa Selic é calculada com base nas operações de compra e venda de títulos públicos federais realizadas no mercado financeiro. O Banco Central utiliza essas operações para controlar a oferta de dinheiro na economia. Quando o Banco Central deseja estimular o crescimento econômico, ele pode reduzir a Taxa Selic, tornando o crédito mais acessível e estimulando o consumo e o investimento. Por outro lado, quando a inflação está alta, o Banco Central pode aumentar a Taxa Selic para reduzir a demanda por crédito e controlar a inflação.

A Taxa Selic influencia diretamente os juros praticados no mercado financeiro, afetando as taxas de empréstimos, financiamentos, investimentos e até mesmo a remuneração de aplicações financeiras como a poupança. Portanto, ela desempenha um papel fundamental na economia brasileira, impactando a vida financeira de empresas e indivíduos.

Além disso, a Taxa Selic também serve como referência para a remuneração de diversos investimentos de renda fixa, como os títulos públicos, CDBs (Certificados de Depósito Bancário), LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) e outros. Assim, ela influencia diretamente a rentabilidade desses investimentos, que costumam ser atrelados a uma porcentagem da Taxa Selic.

Portanto, a Taxa Selic desempenha um papel central na economia brasileira, sendo uma ferramenta importante para o controle da inflação e para a definição das condições financeiras do país. Ela é monitorada de perto por investidores, empresários e economistas, pois suas variações têm impacto significativo nos mercados financeiros e na vida econômica do Brasil como um todo.

InfoMoney

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