Crise econômica Argentina trava operações de grande banco brasileiro no país

Após 44 anos de atuação no país, Itaú anuncia a venda de suas operações, estimando prejuízo perto de R$1,2 bilhão.

Após 44 anos de atuação no país, Itaú anuncia a venda de suas operações, estimando prejuízo perto de R$1,2 bilhão.

Thomas Hobbs/Flcikr

No dia 24 de agosto, o Itaú Unibanco informou a totalidade da venda de sua operação na Argentina. O banco estimou perdas próximas a R$1,2 bilhão com a transação concluída. A venda da operação para o Banco Macro movimentou cerca de R$250 Milhões. O maior banco privado brasileiro se juntou a outras multinacionais que deixaram a Argentina nos últimos anos, como a empresa colombiana Globo e a farmacêutica americana Eli Lilly.     

O Itaú Unibanco não informou o motivo para a venda da operação na Argentina, porém analistas acreditam que insegurança jurídica, inflação elevada, restrições às importações e falta de previsibilidade são alguns dos motivos que levaram essas empresas a paralisar a operação no país.  

O banco continuará atendendo a clientes corporativos locais e regionais, além de clientes com grandes aplicações financeiras (private banking) e segmentos de wealth (gestão de fortunas).  

A venda aconteceu poucos dias após as eleições primárias no país, vencidas pelo candidato de extrema direita Javier Milei.  As atividades do Itaú tiveram início na Argentina em 1979, com a criação de uma operação visando transações de comércio exterior de multinacionais. Se tornou, em 2022, o 16º maior banco do país em empréstimos em pesos, operando em 67 agências.

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