As ações da CVC despencaram mais de 15% na última quarta-feira (13), negociadas a R$ 1,97, após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025. Apesar dos números operacionais positivos, a companhia registrou um prejuízo líquido maior que o esperado, o que gerou diferentes interpretações por parte dos analistas.
O Itaú BBA avaliou o balanço como “levemente negativo”. Embora reconheça o crescimento operacional, o BBA apontou que o desempenho financeiro e tributário ficou aquém das expectativas, resultando em um prejuízo líquido ajustado de R$ 41 milhões, acima da projeção de R$ 24 milhões. No entanto, o banco manteve a recomendação de “outperform” (desempenho acima da média do mercado), com um preço-alvo de R$ 3 para o final do ano.
A Genial Investimentos teve uma visão mais otimista, reiterando a recomendação de “compra” e elevando o preço-alvo para R$ 6. A Genial destacou o crescimento das reservas, a melhora das margens e a redução da alavancagem da empresa, enxergando os resultados como um sinal positivo para o futuro.
O balanço da CVC apresentou alguns pontos de crescimento. As reservas consumidas subiram 17,7% anualmente, enquanto as confirmadas atingiram R$ 4,1 bilhões, um aumento de 15%.
A receita líquida cresceu 16,3%, somando R$ 342 milhões. O Ebitda ajustado atingiu R$ 86 milhões, superando em 13,4% as projeções do Itaú BBA. A dívida líquida foi reduzida para R$ 399,7 milhões, com a alavancagem caindo para 0,9 vez sobre o Ebitda dos últimos 12 meses.
No Brasil, as reservas cresceram 9,9%, com o segmento de cruzeiros impactando as vendas diretas ao consumidor. Já na Argentina, as reservas avançaram 37,3%, impulsionadas pelo crescimento das vendas entre empresas (B2B), apesar de uma queda na taxa de comissão.