Desastres naturais como inundações, secas e temperaturas extremas custaram à China 93,16 bilhões de yuans (US$ 12,83 bilhões) no primeiro semestre deste ano, afetando quase 33 milhões de pessoas, conforme relatado pelo governo na sexta-feira.
A neve intensa, 22 terremotos significativos, incluindo um de magnitude 7,1 na região noroeste de Xinjiang, deslizamentos de terra e lama no sudoeste, além de inundações no Rio Amarelo e em províncias do sul, contribuíram para os danos.
O impacto na economia no primeiro semestre deste ano foi pior do que no mesmo período do ano anterior, quando o país registrou perdas de 38,23 bilhões de yuans. Segundo dados disponíveis no site do Ministério de Gestão de Emergências, essas foram as maiores perdas relacionadas a desastres no primeiro semestre desde 2019.
A China tem enfrentado grandes oscilações de temperatura, quebrando recordes históricos nos últimos anos, enquanto a precipitação, seja chuva ou neve, tem se tornado mais irregular. Esses são sinais indicativos do impacto das mudanças climáticas no clima do país.
Os fundos destinados à gestão de desastres atingiram 4,17 bilhões de yuans até o momento neste ano, de acordo com informações da Reuters. Em um esforço recente, 546 milhões de yuans foram alocados no mês passado para ajudar na produção agrícola e no auxílio aos afetados por desastres.
Segundo o porta-voz do ministério, Shen Zhanli, longos períodos de temperaturas extremamente baixas e neve intensa durante os meses de inverno causaram sérios danos às pessoas e suas fontes de subsistência. Com a aproximação da temporada de enchentes de verão, todos os tipos de riscos aumentaram significativamente, disse o ministério, enfatizando a necessidade de um maior senso de responsabilidade e urgência em relação à segurança, prevenção e mitigação de desastres, bem como ao trabalho de socorro.