Com a melhora do mercado de trabalho nos últimos três anos, o número de trabalhadores buscando emprego há mais de dois anos caiu ao menor patamar para um primeiro trimestre em nove anos.
Dados divulgados na sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicaram que a chamada “taxa de desemprego de longa duração” ficou em 22,2% no primeiro trimestre deste ano, com 1,9 milhão de pessoas desocupadas há dois anos ou mais.
No primeiro trimestre de 2015, eram cerca de 1,4 milhão de desocupados há mais de dois anos. O número atual representa uma queda de 14,5% em comparação ao mesmo período de 2023.
A taxa de desemprego de longa duração é aquela que representa o percentual de pessoas que estão desocupadas há dois anos ou mais no país. Em geral, o trabalhador que fica mais tempo sem trabalhar tem baixa qualificação, seja pela falta de experiências profissionais ou de formação acadêmica. É uma camada mais vulnerável, que dificilmente consegue aplicar e ser escolhido para vagas melhores, de remuneração mais alta.
Desde o terceiro trimestre de 2021, o indicador vem em plena queda. Foram cinco trimestre seguidos de queda, uma pequena interrupção no primeiro trimestre de 2023, e mais três quedas nos períodos seguintes.
Na mesma base de comparação, aproximadamente 4 milhões de pessoas (46% dos desocupados) buscavam emprego entre um mês a menos de um ano. Esse grupo aumentou 5,5% em relação ao trimestre anterior e caiu 6,5% ante igual período de 2023.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua referentes a março indicam que, apesar de a taxa de desocupação ter aumentado 0,5 ponto percentual (p.p.) em relação ao quarto trimestre de 2023, passando de 7,4% para 7,9%, houve uma queda de 0,9 p.p. em comparação ao mesmo período do ano passado. O bom desempenho geral do mercado de trabalho ao longo dos últimos trimestres também tem melhorado a taxa de desemprego de longa duração.