De acordo com um documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), a Disney investirá 60 bilhões em seu segmento de Parques, Produtos e Experiências durante os próximos 10 anos.
Com os streamings em baixa, na tentativa de tornar o negócio rentável, assim como pondera a venda de suas redes de televisão tradicionais, a divisão de parques temáticos, experiências e produtos tem sido um ponto brilhante.
Os parques domésticos da empresa, em especial o Walt Disney World na Flórida, registaram um abrandamento na quantidade de público e na ocupação de quartos de hotel. Em vez disso, a força do segmento tem vindo dos seus parques internacionais. Durante o terceiro trimestre, a divisão registou um aumento de 13% nas receitas, para 8,3 mil milhões de dólares.
A Disney salientou os resultados históricos da atividade de parques e experiências desde 2017, graças a um maior investimento. A Disney reforçou o seu parque na Flórida e afirmou que continuará a investir e a expandir o seu parque temático na Flórida nos próximos 10 anos. Em maio, a Disney afirmou que iria investir 17 mil milhões de dólares no centro da Flórida, o que incluiria a criação potencial de 13 000 postos de trabalho.
Prejuízo no Streaming
Entre abril e junho, a empresa de entretenimento teve um prejuízo de US$460 milhões (ou mais de R$2,2 bilhões na atual taxa de câmbio). Com uma série de remakes de filmes clássicos e sequências de títulos — como “A Pequena Sereia” e “Indiana Jones” — a Disney não tem alcançado bilheterias tão expressivas como o esperado, ao mesmo tempo em que os números de assinantes do streaming Disney+ vêm diminuindo — foram quase 12 milhões de assinantes a menos do primeiro para o segundo trimestre deste ano.
Porém, essa queda de assinantes não é a principal razão para a baixa lucratividade e o prejuízo observado no último trimestre. A empresa, na verdade, gastou muito com conteúdos que não tiveram o retorno esperado. Por exemplo, uma das grandes apostas para 2023 era o remake de “A Pequena Sereia”, que teve um orçamento de cerca de US$250 milhões. A bilheteria, entretanto, foi pouco mais que o dobro disso: US$564,2 milhões.
A situação foi pior ainda com a sequência “Indiana Jones e a Relíquia do Destino”, que faturou cerca de US$300 milhões, o mesmo valor do orçamento inicial do filme. As expectativas eram de que o longa arrecadasse, pelo menos, US$800 milhões.