O avanço da Inteligência Artificial tem transformado radicalmente o mercado, e os AI Agents surgem como uma das tendências mais promissoras para empresas que buscam maior eficiência operacional, automação inteligente e redução de custos. No entanto, para que essas soluções tragam resultados escaláveis e sustentáveis, a implementação de estruturas robustas como as chamadas AI Factories se torna um caminho estratégico.
Segundo o relatório intitulado AI Agents, produzido pelo Distrito, plataforma especializada em projetos de implementação de IA para corporações na América Latina, a adoção desses sistemas está crescendo de forma acelerada. Um levantamento da Capgemini indica que 82% das empresas planejam adotar AI Agents nos próximos três anos, enquanto a Deloitte prevê que 25% das companhias que utilizam IA generativa terão implementado AI Agents até o final de 2025 – número que pode dobrar até 2027.
Diferente dos copilotos tradicionais, que atuam como assistentes para tarefas pontuais, os AI Agents são sistemas autônomos capazes de tomar decisões e executar ações de forma independente. Eles podem ser ativados por diferentes gatilhos – desde comandos textuais até sensores físicos – e utilizam técnicas avançadas como aprendizado por reforço e modelos de planejamento dinâmico. Além disso, contam com a técnica RAG (Retrieval Augmented Generation), que permite acesso a informações em tempo real, otimizando a precisão das respostas e reduzindo custos de atualização.
“A grande diferença dos AI Agents para soluções anteriores é que eles não apenas sugerem ações, mas executam tarefas de forma independente, reduzindo drasticamente a necessidade de supervisão humana”, explica Gustavo Araújo, CIO e co-fundador do Distrito. “Isso abre um novo horizonte para empresas que querem escalar operações sem aumentar custos ou complexidade.”
A implementação dos AI Agents já traz impactos concretos para diversos setores. Com aplicações no mercado financeiro, varejo, marketing e recursos humanos, esses agentes têm otimizado processos, reduzindo custos e aumentando a produtividade.
Na Unilever, por exemplo, a tecnologia já auxilia no recrutamento de talentos, enquanto o Walmart a utiliza para otimização de estoques. No setor financeiro, a Lifetime Investimentos, gestora do BTG Pactual, incorporou AI Agents para gestão patrimonial e atendimento ao cliente, resultando em um aumento de 20% no NPS e 15% na produção.
Além disso, existe um ecossistema global de empresas que permitem o funcionamento e a existência dos AI Agents, como AWS, OpenAI e Nvidia entrando nas mais diversas camadas do funcionamento.
O crescimento dos AI Agents reflete um cenário mais amplo de transformação digital no mercado de trabalho. Estudos indicam que até 2030, cerca de 800 milhões de empregos podem ser impactados pela automação, segundo a McKinsey. No entanto, esse avanço não significa apenas substituição de funções, mas uma reformulação das atividades desempenhadas pelos profissionais. Com a automação de tarefas repetitivas e operacionais, os times poderão focar em atividades mais estratégicas, como análise de dados, inovação e tomada de decisões, criando novas oportunidades para o crescimento profissional e corporativo. Essa mudança exige que empresas e profissionais se adaptem rapidamente a essa nova dinâmica, investindo em qualificação e novas competências para se manterem relevantes no mercado.
“O atendimento ao cliente é um ótimo exemplo de como soluções de IA podem fazer a diferença. As ferramentas tradicionais não permitiam um gerenciamento detalhado de cada chamada em andamento. Agora, é possível ajustar um pitch de venda no meio do processo ou criar novas estratégias para toda a equipe”, complementa Araújo.
O estudo reforça que as organizações que souberem aproveitar essa tecnologia de forma estratégica terão uma vantagem competitiva significativa. Com benefícios que vão desde aumento de eficiência e escalabilidade até automação de processos complexos, os AI Agents representam a evolução da IA no ambiente corporativo.
“Seja para análise de dados, atendimento ao cliente ou otimização de processos internos, a adoção dessa tecnologia não é mais uma questão de futuro – é uma necessidade presente para empresas que desejam liderar seus mercados. Mais do que implementar ferramentas isoladas, é hora de construir capacidades internas robustas por meio de AI Factories, com governança, talentos e estratégia de longo prazo”, finaliza o executivo.
No Brasil, o Distrito oferece 12 AI Agents integrados diretamente à sua plataforma, permitindo que empresas automatizem desde hunting de startups até gestão de projetos e geração de insights preditivos. Essa entrega está inserida dentro de uma estrutura mais ampla: a Distrito AI Factory, que atua como parceira estratégica na criação de um verdadeiro sistema de inovação contínua com IA. Através dela, a empresa desenvolve soluções customizadas para diferentes setores, como a Copastur, que utiliza um AI Agent para aprimorar a análise de sentimento nos atendimentos telefônicos.