A dívida pública bruta do Brasil apresentou um aumento menor do que o esperado no mês de maio, impulsionada por um déficit primário do setor público consolidado abaixo das projeções do mercado. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central.
Em maio, a dívida pública bruta do país atingiu 76,1% do Produto Interno Bruto (PIB), um ligeiro aumento em relação aos 76,0% registrados no mês anterior. A dívida líquida do setor público também mostrou elevação, passando de 61,5% para 62,0% do PIB. As expectativas do mercado, de acordo com uma pesquisa da Reuters, apontavam para uma dívida bruta de 76,6% e uma dívida líquida de 62,0%.
Entre os entes federativos, o governo central registrou déficit de R$ 37,35 bilhões. Já estados e municípios apresentaram superávit de R$ 4,54 bilhões, apoiados no aumento da arrecadação tributária: o ICMS avançou 0,8% em termos reais, enquanto as transferências da União cresceram 11,4%, também descontada a inflação. As estatais, por sua vez, anotaram déficit de R$ 926 milhões.
No acumulado de 12 meses até maio, o setor público consolidado obteve superávit de R$ 24,1 bilhões, equivalente a 0,2% do PIB. Nesse período, o governo central somou superávit de R$ 16,3 bilhões (0,1% do PIB), os governos regionais alcançaram resultado positivo de R$ 15,3 bilhões (0,1% do PIB), enquanto as estatais tiveram déficit de R$ 7,4 bilhões, equivalente a -0,1% do PIB.
O setor público consolidado encerrou maio com um déficit primário de R$ 33,740 bilhões, um resultado melhor do que a expectativa dos economistas consultados pela Reuters, que previam um saldo negativo de R$ 42,7 bilhões.
Os dados do Banco Central detalharam o desempenho dos diferentes níveis de governo. O governo central contabilizou um déficit de R$ 37,351 bilhões. Em contrapartida, os Estados e municípios apresentaram um superávit primário de R$ 4,537 bilhões, enquanto as empresas estatais registraram um déficit de R$ 926 milhões.