A dívida pública bruta do Brasil avançou em fevereiro, alcançando 76,2% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 75,7% registrados em janeiro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (8) pelo Banco Central. Já a dívida líquida do setor público passou de 61,1% para 61,4% do PIB no mesmo período.
Apesar da alta, o déficit primário do setor público consolidado ficou abaixo das expectativas do mercado, indicando um desempenho fiscal melhor do que o previsto. O resultado veio em linha com a mediana das projeções de analistas consultados pela Reuters, que esperavam exatamente 76,2% para a dívida bruta. Para a dívida líquida, no entanto, a expectativa era um pouco superior, de 61,8%.
Os números refletem a dinâmica entre receitas, despesas e juros nominais, além da variação do PIB e da taxa de câmbio, que impactam diretamente o endividamento público.
O setor público consolidado brasileiro registrou um déficit primário de R$ 18,973 bilhões em fevereiro, resultado significativamente melhor do que a expectativa de economistas consultados pela Reuters, que previam um saldo negativo de R$ 31,5 bilhões. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (8) pelo Banco Central.
O resultado reflete o desempenho combinado das diferentes esferas de governo. O governo central — que inclui Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social — respondeu pela maior parte do déficit, com um saldo negativo de R$ 28,517 bilhões. Em contrapartida, Estados e municípios apresentaram superávit de R$ 9,244 bilhões, enquanto as empresas estatais federais, estaduais e municipais fecharam o mês com superávit de R$ 299 milhões.
O resultado reforça a tendência de resiliência fiscal em meio a um cenário ainda desafiador para as contas públicas, contribuindo para conter a trajetória de alta do endividamento no médio prazo.