A Braskem divulgou os resultados do primeiro trimestre de 2024 nesta quinta-feira (9). A empresa registrou aumento de 9% no EBITDA recorrente em comparação com o trimestre anterior, totalizando R$ 1,1 bilhão, um aumento de 7% em comparação ao mesmo período de 2023. O crescimento refletiu o impacto positivo das condições de mercado favoráveis, especialmente no Brasil e México, com crescimento acima de dois dígitos nos spreads das resinas.
No primeiro trimestre de 2024, a companhia registrou o aumento de 13% no spread de resinas no Brasil e de 20% no de polietileno no México, em comparação ao quarto trimestre de 2023 – isso mesmo diante dos níveis baixos na indústria global. “Os resultados mostram que, apesar do ciclo de baixa, os esforços contínuos que temos feito em inovação, resiliência corporativa e sustentabilidade estão impulsionando nosso crescimento na indústria petroquímica global“, afirmou Roberto Bischoff, CEO da Braskem.
A maioria dos spreads no mercado petroquímico internacional apresentou aumento em comparação com o quarto tri de 2023. No mercado de polietileno (PE), o aumento no custo da matéria-prima, em função da queda no nível de produção das centrais petroquímicas impactadas pela tempestade de inverno ocorrida na região do golfo dos EUA, associado ao aumento dos fretes internacionais, como consequência dos conflitos no Mar Vermelho, suportaram o aumento no preço do PE nos EUA (+12%), resultando no aumento de 21% no spread de PE segmento Brasil. Adicionalmente, o spread de PE base etanol aumentou (+20%) em comparação ao quarto tri de 2023, impactado, principalmente, pelo menor preço de etanol durante o primeiro tri deste ano em função da maior disponibilidade deste produto na região.
Mais destaques
A produção de Polietileno (PE) Verde, feita a partir de etanol derivado da cana-de-açúcar, é obtida por meio de uma matéria-prima renovável que pode ser utilizada no desenvolvimento de embalagens, peças automotivas, construção civil, agricultura, entre outros. E o volume de vendas do PE Verde registrou alta de 22% no primeiro tri de 2024, na comparação com o mesmo período no ano passado, devido à maior disponibilidade de produto para venda, dado o retorno da operação após parada programada de manutenção no ano passado para expansão da capacidade de produção de eteno verde.
E, em relação ao quarto tri de 2023, a taxa de utilização do eteno verde apresentou crescimento de 36 p.p., algo explicado, principalmente, pela normalização do fornecimento de etanol após restrições no quarto tri deste ano em função das condições climáticas.
O trimestre contou também com o avanço nas iniciativas sustentáveis. A companhia assinou contratos para a produção de polipropileno circular na Alemanha e o início do fornecimento de propeno bioatribuído e biocircular nos Estados Unidos. Tais iniciativas estão alinhadas com o compromisso de diversificar sua base de matérias-primas e alcançar a neutralidade de carbono até 2050. “A Braskem continua comprometida em criar valor de forma sustentável e inovadora, impulsionando a economia circular e contribuindo para um futuro mais sustentável“, afirmou Bischoff.
Medidas em Maceió
Desde 2019, a segurança continua sendo o maior compromisso da companhia com Maceió e seus moradores. A desocupação da área de risco está completada, com isso o Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação, até 30 de abril de 2024, já realocou os moradores de 99,7% dos imóveis. Adicionalmente, 19.139 propostas de compensação financeira foram apresentadas pela companhia, com um índice de aceitação de 98%, e 18.344 indenizações foram pagas (95,7% do total). Ao final de 2023, o saldo líquido das provisões era de aproximadamente R$ 5,2 bilhões, sendo que no final de março deste ano passou a R$ 4,9 bilhões.
Além disso, a atuação da companhia para reparar, mitigar e compensar os efeitos da subsidência do solo se divide em três frentes – sócio urbanística, ambiental e de estabilização e monitoramento. Entre as ações sócio urbanísticas executadas, estão a melhoria da mobilidade urbana, com a execução de 11 projetos com conclusão prevista para 2026 e investimento de R$ 360 milhões, valor corrigido anualmente. Para a preservação do patrimônio histórico e cultural da região, 21 edificações já passaram por obras de manutenção. E há ainda o desenvolvimento de ações para estabilização da Encosta do Mutange, com obras 72,7% concluídas.