A Ebury, fintech global focada na oferta de pagamentos internacionais, avança na sua expansão no Brasil com o lançamento da marca Ebury Bank. A aquisição do Grupo Bexs, incluindo Bexs Banco (câmbio) e Bexs Pay (pagamentos) foi concluída em dezembro. A empresa segue trâmites finais junto ao Banco Central para concluir todo o arcabouço da transição de controladores.
A marca Ebury Bank será exclusiva para o mercado brasileiro e reflete a licença local de banco de câmbio que a instituição possui e permite uma oferta completa de produtos de pagamentos internacionais voltados às pessoas jurídicas. A marca também posiciona a empresa como um player que atua com muita tecnologia embarcada na sua oferta de produtos, PMEs e grandes plataformas usufruem de soluções com grande amplitude digital e poder de escala.
A atenção dada ao Ebury Bank confirma o entendimento que o país é um pilar estratégico para as ambições da fintech sediada em Londres.
“O Brasil é um país chave na expansão geográfica da Ebury. Na nossa estratégia de crescimento acreditamos que ele será fundamental para a ampliar a nossa receita, ao mesmo tempo nós vamos contribuir para que milhares de novas empresas locais passem a integrar o comércio internacional” afirma Fernando Pierri, Chief Commercial Officer Global da Ebury.
A Ebury tem planos de realizar um IPO nos próximos dois anos. A instituição, fundada em 2009, hoje está presente em mais de 25 países e tem como principais mercados o Reino Unido, a Espanha e agora o Brasil. O crescimento deve acontecer tanto nos serviços de câmbio oferecidos às PMEs, incluindo as contas internacionais, como no segmento que oferta o câmbio via APIs para plataformas e outras empresas de tecnologia.
A expansão da empresa na América Latina já conta com operações no Chile. E do outro lado do Atlântico a empresa deu início às suas operações no continente africano a partir da aquisição da Prime Financial Markets, da África do Sul.
Novos produtos
No segmento de oferta de produtos via API, a grande aposta é na oferta de produtos e serviços de tecnologia envolvendo a China e o Brasil. “Há espaço para que uma nova oferta via tecnologia por parte grande de players chineses chegue ao Brasil de forma simplificada, considerando a jornada de compra até os métodos de pagamentos, por exemplo, tornando o câmbio direto entre o real e yuan uma realidade muito mais abrangente do que constatamos hoje.”, afirma Luiz Henrique Didier Jr, Diretor Executivo que lidera toda a gama de produtos de Câmbio as a Service.
Para empresas que atuam no segmento do comércio exterior, a aposta é na ampliação de produtos que as ajudem a enfrentar os riscos financeiros inerentes às operações cambiais. O real é uma moeda que apresenta forte volatilidade frente a pares como o dólar, euro e yuan. Os gestores das empresas exportadoras e/ou importadoras podem proteger suas receitas, ou controlar custos, ao contratar produtos que diminuem os riscos de oscilação nas cotações. “A realidade é que a cotação do real oscila consideravelmente e estamos numa fase final de aperto monetário nas principais economias. As empresas, sejam PMEs ou de grande porte, precisam de produtos que preservem suas margens comerciais para não serem surpreendidas”, afirma Claudia Bortoleto, Country Manager da Ebury no Brasil.
Imagem: Divulgação/Ricardo Matsukawa