Em um cenário onde a sustentabilidade e a eficiência operacional são mais críticas do que nunca, um estudo recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revela que o compartilhamento de paletes é a escolha mais inteligente para distribuidores e varejistas, especialmente nos setores de bebidas, mercearia e limpeza. Além de gerar uma economia de até 38% nos custos operacionais, essa prática contribui diretamente para a redução do desperdício e a mitigação de impactos ambientais.
Embora possa parecer uma decisão simples, Paula Rocha, Gerente de Retail Solutions da CHEP Brasil, empresa global de logística sustentável e soluções para transformar a cadeia de abastecimento, ressalta que a adoção desse sistema faz toda a diferença tanto para o planeta quanto para as empresas que o implementam.
“Ao reduzir a necessidade de produção de novos paletes, contribuímos diretamente para a preservação de recursos naturais e a diminuição das emissões de carbono. Para as empresas, isso significa não apenas uma economia significativa, mas também um posicionamento mais sustentável e competitivo no mercado”, afirma Paula.
O sistema de compartilhamento, que permite a reutilização de paletes entre empresas, se destaca pelo retorno financeiro e pelos seus benefícios ambientais. Diferentemente dos paletes descartáveis, que geram resíduos e consomem recursos naturais, essa abordagem promove economia circular, onde os paletes são continuamente reutilizados, prolongando sua vida útil e reduzindo a quantidade de madeira necessária para sua produção.
Além das vantagens econômicas para os varejistas, como uma economia de quase 40% nos custos, o estudo da FGV destaca que o compartilhamento de paletes – produzidos com madeira certificada, garantindo práticas florestais sustentáveis – pode contribuir significativamente para a redução das emissões de carbono na cadeia de suprimentos. O reaproveitamento de recursos diminui a demanda por novos paletes, resultando em menor consumo de madeira e energia.
O compartilhamento de paletes também oferece maior segurança e eficiência operacional. Paletes robustos e duráveis garantem menor risco de acidentes e danos às mercadorias, o que resulta em menos desperdício e perdas financeiras. Esse modelo também simplifica a logística, reduzindo a necessidade de gestão complexa de ativos e facilitando o controle de inventário.
“Empresas que optam por esse sistema podem concentrar seus investimentos em outras áreas críticas, em vez de imobilizar capital em ativos como paletes. Isso reflete diretamente na competitividade e sustentabilidade a longo prazo”, finaliza Paula.