Segundo o blog de Renata Agostini no jornal O Globo, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estaria próximo de fechar um acordo para ampliar a influência da União no conselho de administração da Eletrobras, com cerca de “80% do caminho já percorrido”.
A Eletrobras e o governo federal caminham na direção de um acordo que envolve o pagamento de R$ 26 bilhões para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que seria revertido em redução da tarifa de energia para os consumidores, um pleito defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de acordo com uma pessoa com conhecimento do assunto ouvida pela Bloomberg News. Com o acordo, o número de assentos no conselho aumentaria de 9 para 11, sendo que o governo ficaria responsável por três deles.
Após a privatização, a União manteve aproximadamente 40% das ações da Eletrobras, o que lhe garantiu apenas uma vaga no conselho de administração. Essa limitação foi estabelecida de acordo com as regras estipuladas pela lei de desestatização, visando evitar que a empresa fosse controlada por um único acionista e se transformasse em uma corporação. Pela lei, nenhum acionista pode ter mais de 10% dos votos.
As conversas poderiam, ainda, de acordo com Agostini, abrir espaçopara a entrada já neste ano de valores devidos pela empresa à União, dinheiro a ser aportado nas contas de luz. Outro ponto que dificultava uma resolução final era o destino da fatia da Eletrobras na Eletronuclear.
As negociações ainda estão em andamento e têm até julho para serem concluídas. Elas ocorrem num momento em que o governo tenta expandir sua influência em algumas das maiores empresas do país.