A Embraer tem como objetivo alcançar até US$ 10 bilhões em receitas até 2030, excluindo a EVE, representando um aumento significativo em relação aos US$ 6,4 bilhões específicos para este ano.
O crescimento será impulsionado por melhorias em eficiência operacional, inovação tecnológica e práticas de ESG (ambiental, social e governança), segundo a empresa. As metas foram destacadas pelo CEO Francisco Gomes Neto durante o Investor Day 2024, realizado em Nova York, na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).
No segmento de aviação comercial, a Embraer destacou vantagens competitivas que a colocam à frente de rivais como Airbus e Boeing. O modelo E2, por exemplo, é mais leve e menos suscetível a problemas nos motores GTF, comuns na concorrência, segundo relatório do Bradesco BBI.
A Embraer também planeja entregar mais de 300 unidades do E175-E1 nos Estados Unidos nos próximos 10 anos, além de buscar novas oportunidades de expansão na China e na Índia. O Bradesco BBI destaca a estratégia diferencial do modelo E2, que apresenta um custo por viagem cerca de 25% menor em comparação com os concorrentes, o que pode ajudar a Embraer a conquistar uma maior participação no mercado global.
No setor de serviços e suporte, a Embraer quer dobrar o tamanho da unidade até 2030. A proximidade com clientes e o uso estratégico de centros como OGMA e Fort Worth, Texas, impulsionam essa expansão, segundo os estrategistas.
A Embraer tem registrado uma alta expressiva de 142% no Ibovespa em 2024, com investidores estrangeiros demonstrando maior interesse na companhia em comparação aos investidores locais. Segundo o BTG, a exposição cambial e o ciclo favorável de resultados têm sido atrativos para o mercado global, enquanto no Brasil, a avaliação do preço das ações da Embraer tem sido mais conservadora.