A Embraer, fabricante brasileira de aeronaves, anunciou um marco histórico ao alcançar um recorde de US$ 31,3 bilhões em sua carteira de pedidos firmes ao final do terceiro trimestre. O valor representa um crescimento robusto de $38\%$ em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme divulgado em documento de valores mobiliários.
A solidez da demanda é reforçada pelo desempenho das entregas no trimestre, com 62 aeronaves entregues, superando em $5\%$ as 59 unidades do terceiro trimestre de 2024. A Embraer destacou que o segmento de aviação comercial, o maior da empresa, é o principal motor dessa carteira recorde, sustentando a expectativa de crescimento de receitas e produção nos próximos trimestres, o que indica uma forte robustez na demanda global, apesar dos desafios econômicos internacionais.
Em um anúncio separado, a companhia informou na última sexta-feira ter garantido um financiamento estratégico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 1,7 bilhão (aproximadamente US$ 312,3 milhões). O recurso é destinado à exportação de 13 aeronaves para a SkyWest Airlines, dos Estados Unidos, que se consolidou como uma das maiores clientes da Embraer.
De acordo com o BNDES, o financiamento será pago em dólares americanos pela SkyWest, e as entregas das aeronaves estão programadas para ocorrer entre o final de 2025 e o final de 2026. Este apoio reforça o papel do BNDES como agente de crédito na promoção das indústrias de exportação estratégicas do país, tendo financiado mais de US$ 26,7 bilhões em exportações da Embraer desde 1997.
A SkyWest já havia feito um pedido firme de 60 jatos E175 em junho, avaliados em US$ 3,6 bilhões (preço de tabela), com opções de compra para mais 50 aeronaves. Em comunicado, a Embraer ressaltou que a carteira recorde enfatiza seu “compromisso com inovação, qualidade e expansão global”, sublinhando a importância do equilíbrio entre os seus segmentos de aviação comercial e executiva para a estratégia de crescimento sustentável.
No pregão da última segunda-feira (20/10), a ação EMBR3 fechou estável, cotada a R$ 81,49, sem variação em relação ao fechamento anterior. O mercado de capitais agora acompanha de perto o impacto que o crescimento expressivo da carteira de pedidos pode gerar nas cotações, considerando que a faixa de 52 semanas da ação varia de R$ 47,94 a R$ 84,07.