A Embraer divulgou nesta terça-feira um prejuízo líquido ajustado de R$ 428,5 milhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25). Este resultado representa um aumento de 574,8% em relação ao prejuízo reportado no mesmo período de 2024.
Apesar do aumento no prejuízo líquido ajustado, a fabricante de aeronaves apresentou um crescimento significativo em outros indicadores financeiros. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado totalizou R$ 620,6 milhões no 1T25, um aumento de 165,7% em comparação com o primeiro trimestre de 2024.
A margem Ebitda ajustada também demonstrou melhora, atingindo 9,7% entre janeiro e março deste ano, um aumento de 4,4 pontos percentuais em relação à margem registrada no 1T24. A receita líquida da Embraer somou R$ 6,405 bilhões no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 44% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
O lucro antes de impostos (EBIT) ajustado foi de R$ 359,2 milhões, com uma margem de 5,6%. Em 31 de março de 2025, a dívida líquida da companhia, excluindo a Eve (sua unidade de mobilidade aérea urbana), era de R$ 2,688 bilhões, representando um recuo de 48,7% em relação à mesma data de 2024.
A carteira total de pedidos da Embraer atingiu US$ 26,4 bilhões no 1T25. A companhia investiu um total de R$ 433,7 milhões no primeiro trimestre de 2025.
Do ponto de vista operacional, sem considerar Eve, a Embraer estima que as entregas da divisão Aviação Comercial fique entre 77 e 85 aeronaves, uma alta de 10% do ponto médio em comparação anual. Já na divisão de Aviação Executiva, a estimativa é entre 145 e 155, um avanço de 15% no ano.
Já pela perspectiva financeira, a empresa estima receitas na faixa de US$ 7 e US$ 7,5 bilhões, margem Ebit ajustada entre 7,5% e 8,3% e fluxo de caixa livre ajustado de US$ 200 milhões ou maior.