Warren Buffett e a Berkshire Hathaway intensificaram a venda de ações no terceiro trimestre, diminuindo sua participação na Apple e elevando o caixa para um recorde de US$ 325,2 bilhões.
A Berkshire também registrou uma queda de 6% no lucro operacional trimestral, principalmente devido ao aumento dos passivos de seguros, impulsionados por eventos como o furacão Helene, além de perdas cambiais com o fortalecimento do dólar americano.
Esses fatores foram parcialmente compensados pela melhora na lucratividade da seguradora de automóveis Geico, que reduziu despesas e sinistros relacionados a acidentes.
Em seu relatório trimestral divulgado no sábado (2), a Berkshire disse que vendeu cerca de 100 milhões, ou 25%, de suas ações da Apple durante o verão, terminando com cerca de 300 milhões.
A empresa já vendeu mais de 600 milhões de ações da fabricante do iPhone em 2024, embora a Apple continue sendo a maior participação acionária da Berkshire, com US$ 69,9 bilhões. A Berkshire Hathaway também estimou perdas antes de impostos entre US$ 1,3 bilhão e US$ 1,5 bilhão no quarto trimestre devido ao furacão Milton, que atingiu a Flórida em outubro.
O lucro líquido da empresa alcançou US$ 26,25 bilhões, ou US$ 18.272 por ação Classe A, em comparação com um prejuízo de US$ 12,77 bilhões, ou US$ 8.824 por ação, no ano anterior, quando a desvalorização das ações afetou o valor dos investimentos da Berkshire.
Buffett lidera a Berkshire desde 1965 e deve eventualmente transferir a liderança para o vice-presidente Greg Abel, 62. Os negócios do conglomerado sediado em Omaha, Nebraska, também incluem a Berkshire Hathaway Energy, muitas empresas industriais e de manufatura, uma grande corretora imobiliária e empresas de varejo.