No Brasil, 90% das empresas têm perfil familiar, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além de responder por mais da metade do PIB, essas companhias também empregam 75% da mão de obra no País. Com esse modelo de negócio cada vez mais comum, o mundo das startups também tem passado por uma transformação, familiares estão se juntando e surpreendendo com projetos sólidos e robustos, junto de histórias curiosas para se ouvir.
É o caso da Woba, maior rede de escritórios flexíveis da América Latina. Fundada em 2017, dentro da comunidade San Pedro Valley, em Belo Horizonte, por Eric Santos e pelos irmãos Roberta e Pedro Vasconcelos, recebeu o nome de BeerOrCoffee, e tornou-se a maior rede de coworkings e escritórios flexíveis da América Latina. Em 2022, passaram por um rebranding e se transformaram em Woba, reforçando o propósito de, junto a grandes empresas, aumentar a eficiência de contratação e gestão de real estate corporativo, aliado ao aumento de produtividade e qualidade de vida para quem trabalha.
”A história de criação da nossa empresa é bem curiosa e diferente. Eu e Roberta estávamos seguindo caminhos opostos, cada um em um canto do país, até que nos encontramos para fundar nossa primeira empresa, que funcionava como uma lista de coisas que as pessoas deveriam fazer, mas isso não se tornou escalável. Em seguida chegamos ao BeerOrCoffee e nos tornamos Woba, hoje com mais de 2.000 espaços em vários locais e uma estrutura ideal, seja para realizar reuniões e eventos, ou até mesmo acessar escritórios privativos”, comenta Pedro Vasconcelos, CEO da Woba.
A Gupy, empresa líder em soluções para RH no Brasil, também foi fundada por dois irmãos, Mariana Dias e Guilherme Dias, além dos cofundadores Bruna Guimarães e Robson Ventura. Guilherme cursou Engenharia Química, mas se encontrou mesmo na Empresa Júnior da Universidade, onde atuava como Diretor de Recursos Humanos. Depois, se tornou consultor de estratégia de negócios na EloGroup, onde foi convidado para ser sócio. Em contrapartida, Mariana entrou para a faculdade de Administração e lá criou uma área de Responsabilidade Social, também na Empresa Júnior. Depois de formada, integrou o programa de trainee da Ambev.
“Nunca quis ser empreendedora. Na verdade, não sabia que o que eu fazia se chamava empreender, mas sempre tive esse perfil. Quando morei nos Estados Unidos, montei um grupo de dança para ensinar as norte americanas a sambarem. Porém, quando iniciei minha jornada profissional, meu foco era a carreira corporativa. Também nunca pensei em ir para a área de RH, mas sim para o marketing ou vendas”, conta Mariana Dias que, além de cofundadora, atua como CEO.