Enel mobilizou menos funcionários do que deveria, diz Aneel

A Enel informou que milhares de imóveis continuavam sem energia na manhã dessa segunda-feira

A Enel não atendeu ao plano de contingência para eventos climáticos extremos e mobilizou menos funcionários no campo do que o esperado após uma tempestade que atingiu São Paulo, conforme afirmou Sandoval Feitosa, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

“A percepção que nós temos a respeito da recuperação do serviço é que ela [a Enel] de fato não tem atendido todas as expectativas com relação ao ano passado”, afirmou Feitosa.

A Aneel afirma que 2,1 milhões dos 2,6 milhões de consumidores afetados por interrupções no fornecimento de energia em São Paulo estão localizados na área de concessão da Enel. O Procon-SP anunciou que vai notificar a Enel para explicar a demora para a volta da energia.

Até às 14h30 do domingo (13), 760 mil imóveis ainda estavam sem energia elétrica após um forte temporal que atingiu o estado de São Paulo na última sexta-feira, dia 11, de acordo com o último boletim da expedição.

A Aneel se reuniu no começo da noite de domingo com representantes da Enel e de outras oito empresas responsáveis pelo abastecimento de energia elétrica em São Paulo e Região Metropolitana. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, oficiou o presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, a tomar providências novas em relação à Enel.

“A Aneel tem o dever de de atuar de maneira proativa, com todos os rigores da lei, para fiscalizar e autuar a distribuidora Enel por todas as falhas já identificadas em diversos eventos como este que se repete”, diz Silveira no ofício.

No domingo, a empresa informou que o serviço havia sido restaurado para 1,4 milhão de clientes, mas não distribuiu um prazo para resolver o problema dos 698,8 mil que ainda estavam sem luz. Na manhã desta segunda-feira, a expedição atualizou os dados, revelando que 537 mil clientes continuavam sem energia elétrica.

De acordo com a Enel, cerca de 354 mil desses imóveis estão na capital paulista, enquanto 38,1 mil estão em São Bernardo do Campo, 36,9 mil em Cotia e 32,7 mil em Taboão da Serra. A empresa afirmou que cerca de 1.700 técnicos estão trabalhando para tentar resolver o problema, e equipes de outros estados, como Rio de Janeiro e Ceará, e até funcionários de outras distribuidoras, serão utilizados 

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