Entre os dias 21 e 23 de novembro, a Eletronuclear marcou presença no XIV Seminário Internacional de Energia Nuclear. Com o tema “Como tornar a energia nuclear mais barata?”, o evento híbrido reuniu empresas, instituições e autoridades em mais de 15 palestras e painéis para tratar os cenários atual e futuro do setor.
A cerimônia de abertura contou com a presença do presidente da Eletronuclear, Eduardo Grand Court, do presidente da ENBPar, Luís Fernando Paroli, além de representantes da Frente Parlamentar do Setor Nuclear, Nuclep, Amazul e INB.
“Estamos abordando um desafio global que é a transição energética e ela necessita do suporte da energia nuclear. Na Eletronuclear, as usinas Angra 1 e 2 são mais do que fontes de energia, elas fornecem potência constante ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Estudos mostram que, se Angra 3 estivesse operacional durante uma crise hídrica, teríamos economizado cerca de seis bilhões de reais. Considerando a energia nuclear como uma fonte limpa, ela se provou economicamente vantajosa”, destaca Eduardo Grand Court.
Pensando nisso, a Eletronuclear aposta em dois grandes projetos: a construção de Angra 3 e a extensão de vida útil de Angra 1.
“Com a licença de Angra 1 expirando em 2024, iniciamos já em 2002 avaliações para definição do processo para estender sua operação em 20 anos. Foram inúmeras reuniões com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e estudos da experiência internacional nesse tema, até formalizarmos o pedido em 2018. Investimos 50 milhões de dólares em avaliações e melhorias significativas, como a substituição do gerador de vapor e a tampa do reator. Um adicional de cerca de 400 milhões de dólares será investido entre 2023 e 2028. O próximo marco é a entrega da Terceira Reavaliação Periódica de Segurança à Cnen em dezembro. Promover novos empreendimentos é importante, mas também é necessário e economicamente estratégico prolongar a operação de usinas já existentes”, explica o coordenador da Diretoria Técnica da Eletronuclear, José Augusto Amaral.
O encontro também abordou temas como a necessidade de empreendimentos nucleares mais ágeis e econômicos, SMRs, comunicação eficaz com o público na área nuclear, transição energética justa e a confiabilidade do sistema elétrico.
“A gente está aqui sentindo muito calor no Rio de Janeiro e a demanda por energia cresceu. O País teve que importar energia e acionar termelétricas, inclusive aquelas que utilizam carvão, o grande vilão na produção de carbono. E é o consumidor quem paga uma conta de luz mais cara. Nesse cenário, a nuclear deve crescer no Brasil, pois é capaz de agregar reserva de potência e estabilidade ao sistema elétrico”, aponta o chefe da Assessoria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Expansão da Eletronuclear, Marcelo Gomes.
O evento contou também com a participação ativa de outros profissionais da Eletronuclear, incluindo Marco Antonio Alves, superintendente de Comunicação Institucional, José Chahim, chefe do Departamento de Relações Públicas e Comunicação Regional, Gustavo Pinheiro, instrutor da usina Angra 2, e Ivan Souza, da Coordenação de Segurança e Supervisão.
A transmissão do evento foi realizada online pelo YouTube da Casa Viva, organizadora do evento. O link para acesso é https://www.youtube.com/@casavivaoperacional7221. Os participantes terão ainda a oportunidade de realizar uma visita técnica à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) em Angra dos Reis, nesta sexta-feira (24).