A partir de janeiro de 2024, indústrias e comércios que usam voltagem acima de 2,3 kV poderão negociar preços e fazer contratos direto com quem gera energia, tirando a necessidade da distribuidora no caminho.
Atualmente no Brasil existem duas formas de o consumidor adquirir energia. Uma delas sendo pela concessionária, conhecida como ACR (Ambiente de Contratação Regulada), em que as concessionárias são responsáveis por fornecerem a energia aos consumidores. O preço é regulado e o consumidor paga pelo consumo, pelas taxas e o valor de diferentes bandeiras tarifárias.
A outra maneira é pelo Mercado Livre de Energia ou ACL (Ambiente de Contratação Livre), onde o consumidor pode negociar com o fornecedor e escolher de quem comprar eletricidade. Esse modelo não é válido para residências.
Anteriormente, as regras para usufruir do Mercado Livre e Energia determinavam que o consumo deveria ser acima de 1.000 quilowatts (kW) ou 500 kW. Em setembro do ano passado o governo federal publicou portaria em que permitia que todos os consumidores ligados à alta tensão pudessem usufruir do mercado livre de energia.
A partir de janeiro de 2024 indústrias e comércios que usam acima de 2,3 quilovolts (kV) entraram no grupo que pode escolher o próprio fornecedor de energia. Isso vai incluir negócios como padarias e restaurantes, que deverão ser beneficiados com a nova determinação.