A Epic Games entrou com um processo contra o Google e a Samsung, alegando que as duas empresas se uniram para restringir a concorrência na distribuição de aplicativos em dispositivos Samsung. A fabricante de videogames argumenta que o recurso “Auto Blocker” da Samsung impede a instalação de aplicativos de fontes não autorizadas, limitando assim a competição no ecossistema Android.
O “Auto Blocker” é ativado por padrão e permite apenas a instalação de aplicativos de fontes conhecidas, como a Samsung Galaxy Store e a Google Play Store, o que, segundo a Epic, reforça a posição dominante do Google na distribuição de aplicativos.
A ação foi movida no tribunal federal de São Francisco e é a segunda que a Epic apresenta contra o Google. A empresa busca garantir um ambiente mais competitivo para a distribuição de aplicativos Android, alegando que as práticas atuais prejudicam tanto os desenvolvedores quanto os consumidores.
“Permitir que essa negociação anticompetitiva ilegal e coordenada prossiga prejudica desenvolvedores e consumidores e prejudica tanto o veredito do júri quanto o progresso regulatório e legislativo em todo o mundo”, disse a Epic Games em uma publicação em seu site.
A Epic Games obteve uma vitória significativa em dezembro ao vencer seu primeiro processo antitruste contra o Google. Um júri decidiu que a loja de aplicativos Android do Google impunha barreiras anticompetitivas que prejudicavam tanto os consumidores de smartphones quanto os desenvolvedores de software.
Agora, a Epic alega que o recurso “Auto Blocker”, implementado pela Samsung, foi criado em colaboração com o Google para evitar a implementação do veredito do júri. A empresa argumenta que essa medida foi uma tentativa deliberada de neutralizar a concorrência e continuar a dominar o mercado de distribuição de aplicativos. A Epic busca contestar essa prática, alegando que ela prejudica a inovação e limita as opções disponíveis para os usuários e desenvolvedores no ecossistema Android.