O Equador está considerando novas trocas de dívida por iniciativas ambientais, uma para direcionar fundos para a preservação da floresta amazônica e outra para estabelecer uma zona de proteção oceânica de grande escala, apoiada pelo astro de Hollywood Leonardo DiCaprio. O país sul-americano pretende aproveitar a troca de dívida recorde de US$ 1,6 milhão que organizou para as Ilhas Galápagos no ano passado.
Embora o governo esteja atualmente concentrado em combater o crime organizado alimentado pelo tráfico de drogas e em garantir um novo acordo com o FMI, fontes informaram à Reuters que as autoridades vêm trabalhando com bancos multilaterais de desenvolvimento e grupos conservacionistas há meses em pelo menos duas possíveis trocas de dívida, com a esperança de concretizar algo neste ano.
A primeira troca estaria relacionada à proteção de partes da floresta amazônica, amplamente reconhecida como o ecossistema natural mais importante do mundo. A segunda opção diz respeito ao financiamento de uma Área Marinha Protegida inovadora, que seria estabelecida ao longo de toda a costa continental do Pacífico equatoriano, que se estende por 2.237 km (1.390 milhas).
Numa troca de dívida por natureza, os títulos ou empréstimos governamentais de um país são comprados e substituídos por novos, geralmente pagando uma taxa de juros mais baixa. Essa troca ocorre com a condição de que o governo se comprometa a gastar parte do dinheiro economizado na conservação ambiental ou em projetos relacionados à natureza. Esses acordos visam tanto aliviar a carga da dívida quanto promover a proteção do meio ambiente.
De acordo com duas das fontes ouvias pela Reuters, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Corporação Financeira Internacional para o Desenvolvimento (DFC) dos EUA estão novamente se alinhando para fornecer “garantia de crédito” e “seguro contra riscos políticos”, que são necessários para reduzir o custo de pedir empréstimos e criar poupanças.