O estado de São Paulo teve um papel central no desempenho da indústria brasileira em 2024, registrando um crescimento de 3,1%, o mesmo percentual verificado no nível nacional. Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o resultado paulista foi determinante para o avanço geral da produção industrial no país.
Segundo o IBGE, a expansão industrial em São Paulo foi impulsionada, sobretudo, pelo desempenho positivo de dois setores estratégicos: o de veículos automotores e o de produtos químicos. No segmento automotivo, houve crescimento na fabricação de autopeças, automóveis, caminhão-trator para reboques, semirreboques e caminhões, refletindo uma retomada do setor diante de uma demanda aquecida e possíveis incentivos fiscais. Já no setor químico, a alta na produção de fungicidas para uso na agricultura e de preparações capilares também contribuiu significativamente para os resultados positivos.
O crescimento da indústria paulista reafirma a relevância do estado como o principal polo industrial do país, com influência determinante na economia nacional. O avanço do setor automotivo pode estar ligado a investimentos em tecnologia, eletrificação e exportações, enquanto o setor químico pode ter se beneficiado da demanda do agronegócio e do mercado de cosméticos.
A indústria brasileira, por sua vez, demonstrou resiliência ao crescer 3,1% em um ano desafiador, marcado por oscilações no cenário econômico global. A continuidade dessa tendência dependerá, entre outros fatores, do comportamento do consumo interno, da política de juros e de possíveis novos incentivos para setores produtivos estratégicos.
O setor de fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos, se destacou com uma alta de 14,9%, seguido pela fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, que cresceu 14,5%. A produção de veículos automotores, reboques e carrocerias também apresentou um bom desempenho, com um crescimento de 8,8%. Outros setores importantes, como a fabricação de produtos de minerais não-metálicos e produtos têxteis, registraram aumentos de 7,9% e 6,8%, respectivamente.
A fabricação de produtos químicos, por sua vez, teve um crescimento de 5,8%, seguida pela produção de produtos de borracha e material plástico, que subiu 5,5%. A fabricação de bebidas também teve um aumento de 4,4%, assim como a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, que cresceu 4,3%. As indústrias de transformação apresentaram um avanço de 3,6%, e a fabricação de máquinas e equipamentos teve uma alta de 3,0%.
No segmento de tecnologia, a fabricação de equipamentos de informática e produtos eletrônicos cresceu 2,6%, enquanto a fabricação de celulose, papel e produtos de papel registrou um aumento de 2,5%. Por fim, a fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis teve um crescimento de 2,2%, e a metalurgia avançou 1,6%.
As atividades com o maior número de produtos com bom desempenho foram os setores têxtil, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e veículos automotores. Em seguida, os setores de refino e biocombustíveis, borracha e plástico, minerais não metálicos, produtos de metal, além de máquinas e equipamentos, também apresentaram números expressivos, impulsionando o crescimento da produção industrial no estado de São Paulo.