Segundo levantamento da Defesa Civil do Amazonas, as cidades mais atingidas pela baixa das águas se localizam nas calhas dos rios Juruá e Solimões, nas regiões do Alto e Médio Solimões. A estimativa é de que até dezembro, 500 mil pessoas sejam atingidas pelos efeitos da estiagem.
O governo do Amazonas informou que adotou medidas para apoiar famílias nos setores de saúde e abastecimento de água, bem como na distribuição de cestas básicas, kits de higiene pessoal, renegociação de dívidas e fomento para produtores rurais.
Foi criada uma força tarefa para enfrentar os impactos da seca no estado. O detalhamento das ações de ajuda humanitária do Governo Federal deverá ser anunciado ainda esta semana. “O que nós estamos trabalhando é em cima do emergencial. Nosso Ministério do Meio Ambiente trabalha para combater estruturalmente o problema. Vamos trabalhar na direção de reduzir desmatamento, reduzir queimadas”, disse a ministra Marina Silva.
Além da dificuldade dos rios, algumas cidades já registram problemas no abastecimento de água e falta de alimentos, provocada justamente pela dificuldade de locomoção das embarcações.
Ainda segundo a Defesa Civil do Estado, a previsão é que, devido a influência do fenômeno climático El Niño, que inibe formação de nuvens de chuva, a estiagem deste ano seja prolongada e mais intensa se comparada a anos anteriores, podendo ultrapassar 50 o número de municípios afetados.
A Estiagem
A estiagem, também conhecida como seca, é um fenômeno meteorológico que se caracteriza pela escassez prolongada de chuvas em uma determinada região. Esse período de seca pode variar em duração e intensidade, e suas consequências podem ser significativas para o meio ambiente, a agricultura, o abastecimento de água e a vida das pessoas que dependem dos recursos hídricos da região afetada.
A estiagem ocorre quando há uma redução significativa na quantidade de chuva em relação à média histórica para a área, o que pode levar à diminuição dos níveis dos rios, lagos e reservatórios de água, bem como à dessecação do solo. Isso pode causar impactos negativos em vários setores, incluindo:
- Agricultura: A falta de chuvas prejudica o cultivo de safras, reduzindo a produção agrícola e afetando a disponibilidade de alimentos. Muitos agricultores dependem da irrigação para contornar os efeitos da estiagem.
- Abastecimento de água: A estiagem pode levar à diminuição dos níveis de água em reservatórios, o que afeta o abastecimento de água potável para as populações locais. Isso pode resultar em racionamento de água e na necessidade de medidas de conservação.
- Ecossistemas: A escassez de água afeta os ecossistemas aquáticos e terrestres, ameaçando a fauna e a flora da região afetada. Pode ocorrer a morte de peixes, animais silvestres e plantas devido à falta de água.
- Economia: A estiagem pode ter um impacto negativo na economia, especialmente nas regiões dependentes da agricultura, pecuária e produção de energia hidrelétrica. A redução na produção agrícola pode afetar os preços dos alimentos, e a geração de energia elétrica pode ser comprometida devido à diminuição do fluxo de água nos rios.
- Sociedade: A estiagem pode causar escassez de alimentos e água, afetando a qualidade de vida das pessoas e aumentando a pressão sobre os recursos naturais.