A divulgação dos dados de estoques de petróleo e derivados dos Estados Unidos, feita pelo Departamento de Energia (DoE), revelou aumentos significativos na semana passada, contrariando as projeções dos analistas e indicando uma dinâmica inesperada no mercado. A publicação dos números ocorreu com atraso, devido a “problemas técnicos” no sistema do Departamento.
Os estoques de petróleo bruto registraram um aumento de 600 mil barris, atingindo um total de 427,5 milhões de barris. Este resultado ficou muito distante da expectativa média de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que projetavam uma queda de 1,7 milhão de barris.
Os estoques de gasolina subiram em 4,5 milhões de barris, chegando a 214,4 milhões de barris, quando a expectativa era de estabilidade. Destilados (incluindo diesel e óleo para aquecimento) aumentaram em 2,1 milhões de barris, atingindo 114,3 milhões de barris, contrariando a projeção de recuo de 100 mil barris. Simultaneamente, a produção média diária de petróleo no país também subiu para 13,815 milhões de barris na semana.
Apesar do aumento dos estoques, a atividade das refinarias americanas operou em ritmo acelerado. A taxa de utilização da capacidade das refinarias avançou de 92,3% para 94,1%, superando a expectativa de alta para 93%.
Em contraste com os estoques gerais, o centro de distribuição de Cushing, em Oklahoma, um hub importante para a precificação do WTI, registrou uma queda de cerca de 500 mil barris, ficando com 21,3 milhões de barris estocados.
A publicação dos dados foi marcada por um atraso incomum devido a “problemas técnicos” no DoE. No horário habitual de divulgação, a página do Departamento apresentou uma mensagem de erro de conexão com o servidor por aproximadamente 40 minutos, resultando em uma atualização parcial e tardia dos números.
Em situações onde o relatório do Departamento de Energia (DoE) aponta um aumento surpresa, especialmente nos estoques de petróleo bruto, os contratos futuros são afetados. O benchmark americano geralmente recua, como visto em cenários onde os estoques sobem, chegando a cair mais de 1% após a divulgação, dependendo da magnitude da surpresa. O petróleo Brent, referência internacional, segue a mesma tendência de queda, reagindo à perspectiva de um mercado com maior folga de oferta global.







