Estratégia definida: negociações de acordo comercial entre Mercosul e UE, paralisadas em 2019, são retomadas por Lula

Brasil irá sediar primeira rodada de negociações entre os dois blocos, em Brasília

Ricardo Stuckert

Em março deste ano, a UE havia apresentado projeto, considerado inaceitável pelo presidente brasileiro. Depois de semanas de debates internos entre os parceiros do Mercosul, o bloco sul-americano apresentou aos europeus sua resposta e contraproposta em relação ao projeto de acordo comercial.

O ministério de relações exteriores, Itamaraty, alegou que no primeiro momento, apenas as linhas gerais da proposta foram indicadas no documento e que os detalhes e exigências do Mercosul devem ser discutidos em encontro presencial dos negociadores. O encontro irá acontecer em Brasília, no dia 15 de setembro, onde irá ocorrer a primeira rodada das negociações, marcando a retomada do processo paralisado há 4 anos.

Em nova estratégia de negociação do governo, o que o Brasil quer garantir é que o tratado preveja uma possível barreira estabelecidas contra os produtos nacionais, de forma que uma revisão das concessões e do próprio acordo possa ser acionada caso isso aconteça. Essa exigência brasileira é vista pelo Itamaraty como uma resposta à ameaça que represente uma nova legislação europeia, que liga questões ambientais e comerciais.

A nova proposta do governo brasileiro se encontra da seguinte forma:

O acordo vem sendo negociado há mais de duas décadas, e com a nova proposta promete causar mais um acalorado debate entre as duas partes. Existe uma desconfiança de que o acordo está fadado a não acontecer, de forma que o debate passe a ser de quem foi a culpa pela falta de acordo.

Sair da versão mobile