Estudo projeta queda de 25% na produção de carne bovina do Brasil

O estudo considera alterações nas dinâmicas do setor puxadas pelas respostas às mudanças climáticas


De acordo com um relatório da consultoria Orbitas, publicado na quarta-feira (3), as respostas do governo, dos consumidores e do setor privado às mudanças climáticas podem resultar em uma redução de até 25% na produção de carne bovina no Brasil. Segundo a CNN, para calcular estes impactos, o estudo analisa as mudanças nas dinâmicas do setor, impulsionadas pelas respostas às alterações climáticas.

Essas mudanças incluem o fortalecimento de metas e políticas climáticas internas, a implementação de regulamentos internacionais centrados no clima e em restrições, o impulso à inovação e à concorrência por meio da tecnologia climática, e o surgimento de novas dinâmicas nos mercados emergentes relacionadas às mudanças climáticas.

A pesquisa detalha que as mudanças nas preferências dos consumidores e o aumento dos preços resultariam em uma redução significativa na demanda por carne de ruminantes, que engloba bovinos, caprinos, ovinos, entre outros. No mercado interno, essa redução seria de 38%, enquanto no mercado global, a queda seria de 5% até o ano de 2050.

Outra tendência importante é o aumento da competição pela terra, impulsionado por políticas destinadas a combater o desmatamento, mercados que incentivam os proprietários a conservar ou restaurar habitats naturais e a crescente demanda por insumos agrícolas para proteínas alternativas.

De acordo com essa tendência, espera-se uma redução de 37% das áreas de pastagens, além do aumento dos preços da terra e dos custos de produção. A combinação desses fatores resultaria em uma queda de 25% na produção. Por fim, o estudo ressalta que se os pecuaristas não aumentarem a eficiência da produção através de novas tecnologias e práticas de gestão sustentável, eles podem enfrentar perdas de mais de R$ 775 por hectare até 2050.

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