Nesta sexta-feira (22), o Conselho de Segurança das Nações Unidas votará uma proposta para aumentar a assistência à Faixa de Gaza. Este órgão, composto por cinco países com assentos permanentes — EUA, Reino Unido, China, Rússia e França — que têm o poder de vetar resoluções, e 10 outros países com assentos rotativos, será crucial na decisão.
Os Estados Unidos, tradicional aliado de Israel e membro fundador do Conselho, surpreendentemente, conseguiu aprovação de outros países para as mudanças que propôs, expressando apoio pela primeira vez a uma resolução que envolve um cessar-fogo.
A proposta, originada pelos Emirados Árabes Unidos, passou por duas semanas de negociações até alcançar um texto acordado nesta quinta-feira. Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos EUA na ONU, declarou que esta é uma resolução que os EUA podem apoiar, sem especificar se votariam a favor ou se absteriam, o que permitiria a adoção da resolução.
A versão atual do texto solicita “medidas urgentes para permitir imediatamente o acesso seguro e sem obstáculos à ajuda humanitária, e também para criar as condições para um cessar-fogo sustentável”, mas não demanda o fim imediato dos combates.
No processo de votação, as resoluções do Conselho necessitam de 9 votos favoráveis para serem aprovadas. No entanto, os países com assentos permanentes possuem o poder de veto, mesmo que sejam os únicos a opor-se. Além disso, têm a opção de se abster, permitindo, na prática, a aprovação da resolução.