EUA denunciam nova arma antissatélite da Rússia

John Kirby disse que os agentes de inteligência dos EUA têm informações de que a Rússia conseguiu desenvolver a tecnologia

O governo dos Estados Unidos afirmou na quinta-feira (15) que a Rússia conseguiu desenvolver uma arma antissatélite “preocupante”, mas disse que ela não pode causar “destruição física” direta na Terra. O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, comentou o assunto um dia depois de um parlamentar republicano ter feito alertas vagos sobre uma suposta “séria ameaça à segurança nacional”.

Segundo informações do governo dos EUA, a suposta arma ainda não foi utilizada. Alega-se que ela estaria posicionada no espaço e equipada com uma arma nuclear, com o objetivo de atingir satélites, conforme relatado pela rede de notícias CBS News. A Rússia reagiu acusando os Estados Unidos de utilizar as alegações sobre novas armas russas como uma tática para pressionar o Congresso a aprovar ajuda adicional à Ucrânia, seja de forma voluntária ou coercitiva.

Durante anos, autoridades dos EUA e especialistas aeroespaciais têm alertado que a Rússia e a China têm consistentemente desenvolvido capacidades militares no espaço, como parte de sua rivalidade com os Estados Unidos. Nesta semana, a Rússia usou pela primeira vez o míssil hipersônico Zircon, que é capaz de viajar a uma velocidade nove vezes maior que a do som. Esse míssil faz parte de um grupo de seis artefatos da frota russa que o presidente do país, Vladimir Putin, chamou de “invencíveis”.

Ainda sobre Putin, nesta sexta-feira (16), um dos seus principais opositores, Alexey Navalny, veio a óbito na penitenciária da região de Yamalo-Nenets, na região ártica da Rússia, onde ele cumpria pena há cerca de três anos. Navalny, de 47 anos, ganhou fama há mais de uma década ao satirizar o presidente Vladimir Putin e fazer acusações de corrupção por parte do governo. Ele se candidatou à presidência, mas teve sua candidatura proibida.

Além disso, nos últimos três anos, sofreu envenenamento, realizou greve de fome e foi dado como desaparecido. O governo russo disse não ter nenhuma informação sobre a causa da morte. O Serviço Penitenciário Federal disse em comunicado que Navalny perdeu a consciência durante uma caminhada. Segundo a agência norte-americana Associated Press, uma ambulância chegou para tentar o reanimar, mas não conseguiu.

A União Europeia responsabilizou o governo de Putin pela morte de Navalny. “Alexei Navalny lutou pelos valores da liberdade e da democracia”, escreveu Charles Michel, presidente do conselho da União Europeia, na plataforma X. O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, também afirmou estar “profundamente entristecido e perturbado” pelos relatos da morte de Navalny e exigiu que a Rússia esclareça as circunstância do ocorrido.

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