A produção de petróleo na Guiana atingiu a marca de 894 mil barris por dia (bpd) em novembro, consolidando o quarto mês consecutivo de expansão no setor. Segundo dados oficiais divulgados pelo governo guianense, o volume representa um salto em relação aos 841 mil bpd registrados em outubro, reforçando o ciclo de crescimento acelerado que o país sul-americano atravessa no segundo semestre deste ano.
Este desempenho ascendente é impulsionado diretamente pelas operações do consórcio liderado pela norte-americana Exxon Mobil. Detentora do controle integral da extração de óleo e gás no país, a companhia ampliou sua capacidade produtiva com a ativação de uma quarta unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO), fator determinante para o aumento dos índices desde meados do ano.
Com o resultado de novembro, a média de produção acumulada da Guiana nos primeiros 11 meses de 2025 subiu para quase 700 mil bpd. O patamar coloca o país em uma posição de destaque no cenário regional, superando o volume de extração de diversos vizinhos latino-americanos com maior tradição no mercado petrolífero e confirmando a Guiana como um dos novos eixos estratégicos de energia no continente.
Embora a Guiana ainda esteja distante do volume brasileiro, o seu ritmo de crescimento é sem precedentes: em menos de uma década, o país saiu de uma produção inexistente para o patamar de quase 900 mil bpd, aproximando-se rapidamente da Venezuela. O vizinho venezuelano, apesar de possuir as maiores reservas do mundo, tem operado na faixa de 800 mil a 900 mil bpd devido a crises de infraestrutura e sanções, o que coloca a Guiana em uma disputa direta pelo posto de segundo maior produtor da América do Sul.
Na comparação com outros produtores tradicionais, a Guiana já demonstra uma força competitiva notável. O país ultrapassou a Colômbia, que mantém uma produção estável em torno de 750 mil a 780 mil bpd, e deixou para trás o Equador, que extrai cerca de 480 mil bpd. Enquanto esses países enfrentam desafios para manter suas reservas ou atrair novos investimentos vultosos, o consórcio liderado pela Exxon Mobil na Guiana continua expandindo sua infraestrutura, indicando que o país poderá cruzar a barreira de 1 milhão de bpd em um futuro muito próximo.
