A Exxon Mobil (XOM.N), maior produtora de petróleo dos EUA, anunciou na terça-feira (Ontem) uma significativa revisão para cima em suas projeções financeiras e de produção para o período entre 2024 e 2030, sem planos de aumentar os gastos de capital.
A companhia elevou em US$ 5 bilhões suas expectativas de crescimento de lucros e de fluxo de caixa em relação ao plano anterior. A nova previsão do crescimento de lucros subiu para US$ 25 bilhões (anteriormente US$ 20 bilhões). Já a nova previsão do crescimento do fluxo de caixa subiu para US$ 35 bilhões (anteriormente US$ 30 bilhões).
A Exxon destaca que este aumento nas projeções será alcançado por meio de contribuições mais robustas de ativos com vantagens competitivas, uma composição de negócios mais lucrativa e custos operacionais mais baixos até o final da década.
Apesar das metas financeiras mais ambiciosas, a gigante de energia informou que não planeja aumentar seus investimentos de capital para o período, mantendo a previsão anterior de gastos anuais entre US$ 28 bilhões e US$ 33 bilhões até 2030.
Em termos de produção, a empresa também elevou sua projeção. A Produção Upstream Total deverá atingir 5,5 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboepd) até 2030, acima da previsão anterior de 5,4 MMboepd. A produção de seus principais ativos na Bacia Permiana (EUA) e na Guiana deve atingir 3,7 MMboepd até o final da década, sustentando o crescimento da empresa.
Além disso, a integração da aquisição da Pioneer Natural Resources deverá gerar sinergias anuais de mais de US$ 3 bilhões, um aumento de 50% em relação às estimativas iniciais. A petrolífera planeja destinar cerca de US$ 140 bilhões a grandes projetos e ao desenvolvimento da Bacia Permiana até 2030, estimando que esses investimentos gerarão retornos superiores a 30% durante a vida útil dos ativos.
Na Guiana, a Exxon é a principal operadora e tem investido agressivamente, com planos de lançar um novo projeto a cada 18 meses. O país se tornou um campo de exploração extremamente lucrativo para a empresa, onde o petróleo possui um custo de equilíbrio de menos de US$ 35 por barril. O início de projetos como o Yellowtail já elevou a produção total da Guiana para 900 mil bpd e o desenvolvimento do sétimo projeto, Hammerhead, visa aumentar a capacidade total operada pela Exxon para quase 1,5 milhão de barris por dia até o final da década.









