Uma falha técnica na Cloudflare provocou uma queda generalizada de milhares de sites e serviços online na manhã desta terça-feira, 18. O incidente, que começou por volta das 9h, afetou plataformas de grande alcance global, como o X (antigo Twitter), ChatGPT, Canva e a Amazon, entre centenas de outros.
Em sua página de status, a Cloudflare confirmou problemas em seus sistemas e informou que estava investigando a falha. Ela reconheceu também que alguns clientes foram afetados, mas sem especificar quais.
Até mesmo o Downetector, site especializado em monitorar e verificar falhas em serviços digitais, foi afetado pela instabilidade, confirmando a amplitude do problema.
A Cloudflare é uma empresa crucial na infraestrutura da internet, atuando como uma camada de proteção, segurança e aceleração de conteúdo entre o usuário e o servidor de hospedagem dos sites. Em comunicado, a companhia confirmou estar ciente dos problemas e informou que suas equipes trabalham para entender o impacto da falha e mitigar os transtornos o mais rapidamente possível.
Para as grandes corporações, a instabilidade em infraestruturas críticas como a Cloudflare representa um custo financeiro significativo, que vai além do transtorno momentâneo.
Segundo um estudo realizado pelo Ponemon Institute, interrupções de serviço dessa natureza podem gerar um custo médio estimado de US$ 9.000 por minuto para empresas de grande porte, destacando a dependência do mundo corporativo em relação à estabilidade da rede.
Toda empresa que realiza o processamento de dados digitais necessita de infraestrutura de hardware — tipicamente grandes equipamentos com alta capacidade — para armazenar informações, arquivos e softwares essenciais à operação.
Tradicionalmente, esses computadores e servidores poderiam ser mantidos pela própria companhia em sua sede ou em um local dedicado. Contudo, essa prática gera altos custos operacionais e exige uma manutenção constante e especializada.
Para otimizar recursos e garantir maior capacidade e segurança, muitas empresas optam por terceirizar essa estrutura. Elas contratam companhias especializadas que mantêm e gerenciam esses “supercomputadores” em larga escala, como a AWS (Amazon Web Services), Microsoft Azure, Google Cloud, Oracle e IBM.
O termo “Nuvem” (Cloud) é o nome dado a esse serviço. Ele permite que as empresas (ou usuários individuais) transfiram, guardem e processem seus dados em outros locais, acessando tudo de forma remota por meio da internet.








