A economia circular, um modelo econômico que promove a reutilização, reciclagem e redução do desperdício se torna cada vez mais uma necessidade ao invés de uma opção, segundo um relatório da Circle Economy, apenas 9% da economia global é circular, o que significa que menos de 10% dos recursos utilizados em processos produtivos são reaproveitados. Esse baixo índice de reaproveitamento demonstra por um lado um grande problema e ao mesmo tempo uma solução óbvia para que empresas e startups possam fazer a diferença.
Empresas especializadas em ESG, como a Impactability, afirmam que o planejamento é indispensável, pois uma alteração brusca em como a empresa funciona pode causar danos organizacionais, e a parceria com Startups pode ser um caminho para acelerar essa adesão e os resultados. “Por esse motivo criamos o programa Sementes Climatech, durante um período de 6 meses as startups tem a chance de mostrar soluções de economia circular, testar a encontrar potenciais parceiros que buscam aderir a essa forma de lidar com seus resíduos de forma a gerar impacto positivo no meio ambiente e também resultados para a empresa”, diz Leo Tostes Head de inovação da Impactability.
Ações como essas podem reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa. A Circle Economy calcula que 62% das emissões globais são geradas durante a extração, processamento e fabricação de bens. Isso destaca a importância de repensar as cadeias de suprimentos e focar na reutilização de materiais, o que pode diminuir a dependência de novos recursos e reduzir a poluição.
No entanto, muitos governos ainda não incorporam suficientemente as estratégias de economia circular em suas políticas climáticas. A maioria das medidas foca em energia renovável e eficiência energética, deixando de lado o vasto potencial do reaproveitamento de materiais.
Partindo deste pressuposto, uma abordagem sistemática para a aplicação de estratégias circulares vindo de startups e pequenos negócios poderiam virar a balança na batalha contra o aquecimento global, contribuindo para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5 ºC, conforme estipulado no Acordo de Paris.
“Além dos benefícios ambientais, a economia circular também promove um crescimento econômico sustentável e reduz a desigualdade social. Ao estender o tempo de vida dos recursos existentes, as economias tornam-se mais eficientes e resilientes, alinhando-se com vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Entre os 17 ODS, 11 apresentam correlação com o modelo econômico circular, destacando-se o objetivo 12, que visa assegurar padrões de produção e consumo sustentáveis”, diz Leo Tostes.
A transição para uma economia circular é crucial para enfrentar a crise climática. O programa Sementes Climatech é uma oportunidade de repensar, redesenhar e reconceituar as economias para melhor atender às necessidades humanas e fazer uso mais eficiente dos recursos naturais. Eventos como o Smart city expo destacam a importância das soluções circulares na transição para uma economia regenerativa e resiliente, colocando o mundo no caminho certo para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.