Uma medida publicada pela Anvisa ano passado permite que consultórios farmacêuticos atuem com atendimento clínico personalizado de pacientes, onde é possível fazer diversos exames de análises clínicas, como HIV, dengue, colesterol, malária e hepatite. Também é possível fazer uma avaliação do uso das medicações tomadas para evitar a automedicação e as interações prejudiciais, ter um acompanhamento da evolução clínica e fazer a gestão do peso e o encaminhamento para outros profissionais da área da saúde, caso seja necessário, tudo sob a orientação de um profissional farmacêutico.
Ainda segundo a medida, exames de testes rápidos não são necessários de envio para laboratório, então todas as etapas são realizadas no estabelecimento. A decisão busca ampliar o acesso da população ao diagnóstico clínico e reforçar o papel dos laboratórios clínicos no estímulo à política de qualidade dos exames. “As farmácias estão agilizando e facilitando o acesso da população à saúde e isso é muito importante”, enfatiza Maurício Filizola, que é presidente da Rede de Farmácias Santa Branca, localizada no Ceará, e diretor da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Os consultórios farmacêuticos passaram a ser ofertados no Brasil a partir de 2014, definido em duas portarias do Conselho Federal de Farmácia de 2013 e apoiada pela Lei 13.021, de agosto de 2014, que trata do exercício das atividades farmacêuticas. Mas foi no ano passado, com a permissão da Anvisa para a realização no espaço de até 47 tipos de exames de análises clínicas, que os consultórios ganharam mais força.
Apesar dos benefícios, é importante saber que nem todos os procedimentos podem ser realizados no consultório farmacêutico, como a receita de medicamentos que necessitam de prescrição médica, alterações em remédios que o paciente faz uso com orientação médica, procedimentos de execução exclusiva por médicos, entre outros.