A passagem de 2024 para 2025 foi um marco significativo para a fintech brasileira Bankme, que atingiu R$ 1 bilhão em volume operado em janeiro deste ano. A startup tem se destacado no mercado ao democratizar o acesso ao crédito para pequenas e médias empresas. No ano passado, o cenário das fintechs no Brasil apresentou avanços notáveis, especialmente no aspecto financeiro e no foco de mercado. As fintechs têm priorizado o atendimento às empresas PME, cuja participação aumentou de 38% para 56% em dois anos, tornando-se o principal perfil de cliente.
O conceito de mini banco é uma evolução das tradicionais securitizadoras, permitindo que empresas desenvolvam suas próprias estruturas financeiras para oferecer crédito a fornecedores, parceiros e clientes. No caso da Bankme, toda a operação – desde a estruturação até o fechamento contábil – fica com a fintech. Com isso, as empresas conseguem reduzir a dependência de instituições financeiras tradicionais, oferecendo crédito com taxas mais baixas, antecipando recebíveis e otimizando seu fluxo de caixa, mesmo em cenários econômicos desafiadores.
“Diante das oscilações econômicas que nosso país enfrenta, as fintechs têm se destacado como alternativas confiáveis para o acesso ao crédito. No caso da Bankme, a oferta de mini bancos tem sido especialmente atraente para aqueles que buscam segurança e inovação em suas transações financeiras”, comenta Thiago Eik, CEO da fintech. “A abertura de um mini banco pela Bankme leva apenas cinco dias, o que demonstra nossa eficiência e compromisso com os clientes”, afirma. Atualmente, a fintech possui mais de 140 mini bancos espalhados por 22 estados brasileiros, gerencia simultaneamente mais de R$ 210 milhões em capital e atende a mais de 18 segmentos.
“Um dos destaques da Bankme é a virada de 2024 para 2025, quando o faturamento da empresa dobrou em relação ao ano anterior. A expectativa é aumentar o número de mini bancos para 200 até o final de 2025”, comenta o CEO. Em 2024, a aprovação da Resolução CMN nº 5.159 pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) trouxe mudanças significativas para as Sociedades de Crédito Direto (SCDs) e as Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEPs), ampliando suas capacidades e facilitando o acesso ao crédito no Brasil, um cenário favorável para o crescimento contínuo da Bankme.
Houve também um aumento significativo do uso de capital próprio, após um período de maior dependência de fundos em 2023. Isso indica um ambiente de maior cautela, no qual as empresas preferem fortalecer sua autonomia financeira e reduzir a exposição a investidores, possivelmente devido a um cenário econômico mais incerto ou à busca por maior resiliência no longo prazo. Outro ponto é que as fintechs estão investindo em diferenciais competitivos, como automação de processos e redução de custos, essenciais para alcançar escalabilidade e eficiência.
De acordo com dados recentes da PWC Brasil, 51% das fintechs alcançaram o ponto de equilíbrio financeiro, uma melhoria em relação aos 43% registrados em 2023. No ramo, a atuação no crédito e meios de pagamento continua a liderar entre os setores. Esse crescimento moderado entre 1% e 50% reflete a transição para um ambiente econômico mais estável após as flutuações dos últimos anos. A maioria das empresas pesquisadas atingiu o equilíbrio de contas, e esse grupo aumentou pelo segundo ano consecutivo, alcançando 51% da amostra total. O resultado mostra a prioridade das fintechs na sustentabilidade financeira, com operações mais conservadoras e eficientes.
