O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou nesta sexta-feira que seu Conselho Executivo aprovou uma nova Linha de Crédito Flexível (LCF) no valor de US$ 24 bilhões para o México. Com prazo de dois anos, o novo acordo tem como principal objetivo servir como um seguro ou “colchão” de proteção contra eventuais riscos e choques externos.
O órgão ressaltou que, nos últimos anos, o México tem reduzido progressivamente sua dependência do fundo de precaução. As autoridades mexicanas pretendem utilizar o novo acordo estritamente como uma medida preventiva, tanto que cancelaram a linha de crédito anterior, que era significativamente maior, totalizando cerca de US$ 35 bilhões.
Este é o décimo primeiro acordo de LCF firmado pelo México desde 2009. O FMI destacou que a diminuição no valor da linha de crédito, que já chegou a um pico de US$ 88 bilhões em 2017, “reflete o aumento das reservas e da resiliência da economia mexicana”.
Em comunicado conjunto, o Banco Central do México e o Ministério da Fazenda solicitaram a renovação da LCF por mais dois anos, com acesso reduzido, citando a solidez das finanças públicas do país. Essa solidez, segundo eles, torna o México menos vulnerável a mudanças repentinas nos fluxos de capital.
No entanto, apesar da resiliência demonstrada, o vice-diretor-gerente do FMI, Nigel Clarke, apontou que a economia do país ainda enfrenta dificuldades. “A atividade econômica no México permanece fraca, limitada pela necessária consolidação fiscal e pela política monetária ainda restritiva, bem como pelo efeito moderador das tensões comerciais”, disse ele. Clarke acrescentou ainda que, embora o país tenha demonstrado solidez, “os riscos relacionados ao comércio aumentaram desde a última revisão da LCF”.
O FMI concluiu que a nova linha de crédito continuará sendo um instrumento importante para apoiar a estratégia macroeconômica do México, oferecendo “proteção contra riscos extremos, ao mesmo tempo que reforça a confiança do mercado”.









