FMI fica mais otimista com economia global em 2024

Fundo Monetário International reajustou as projeções para 2024

O Fundo Monetário Internacional (FMI) ajustou levemente suas projeções para a economia global em 2024, prevendo um crescimento médio de 3,1%, em comparação com a média anterior de 2,9% em outubro. O relatório Perspectivas Econômicas Mundiais, divulgado nesta terça-feira (30), destaca a resiliência inesperadamente forte nos Estados Unidos, em diversos grandes mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento, além dos recentes estímulos fiscais na China como impulsionadores desse ajuste positivo.

A previsão para 2024–2025 permanece abaixo da média histórica (2000–2019), registrando 3,2%, devido às taxas de juros básicas mais elevadas aplicadas pelos bancos centrais para controlar a inflação. Além disso, a retirada do apoio fiscal em um cenário de dívida elevada exerce pressão sobre a atividade econômica, contribuindo para um crescimento da produtividade inferior.

O FMI destaca a desaceleração mais rápida da inflação do que o previsto na maioria das regiões, relacionada à resolução de problemas do lado da oferta e a políticas monetárias restritivas. A expectativa é de uma queda para 5,8% em 2024 e 4,4% em 2025, com revisão para baixa na previsão de 2025.

O Fundo observa que políticas fiscais excessivamente flexíveis podem resultar em um crescimento temporariamente mais elevado, mas com risco de ajustes dispendiosos posteriormente. Por outro lado, uma dinâmica mais robusta de reformas estruturais pode fortalecer a produtividade com impactos positivos além das fronteiras.

Entre os riscos para as projeções, o FMI destaca picos nos preços das matérias-primas devido a choques geopolíticos, perturbações na oferta e uma inflação subjacente mais persistente, que podem prolongar condições monetárias restritivas.

No que diz respeito aos mercados emergentes e economias em desenvolvimento, espera-se um crescimento de 4,1% em 2024, aumentando para 4,2% em 2025. A América Latina e o Caribe têm uma projeção de crescimento médio de 1,9% em 2024, abaixo dos 2,5% de 2023, refletindo o impacto negativo na Argentina de um significativo ajuste político para restaurar a estabilidade macroeconômica.

Destacando economias específicas da região, o Brasil recebe uma projeção 0,2 ponto percentual maior, passando de 1,5% para 1,7% em 2024, com a estimativa para 2025 mantida em 1,9%. O México experimenta uma melhora de 0,6 ponto percentual na projeção para 2024, de 2,1% para 2,7%, enquanto a previsão para 2025 permanece em 1,5%.

Imagem: OLIVIER DOULIERY/AFP/Getty Images

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