Dados do INEP apontam que somente em 2021, 45.585 Km2 foram queimados, sendo 46% das emissões de gases do efeito estufa causados por desmatamento e queimadas no Brasil. Segundo estudos do Mapa Fogo, de 1985 a 2022 a Amazônia tem 43% de tudo que queimou no país, acumulando cerca de 80,9 milhões de hectares.
Esse fogo quase sempre é causado pelo ser humano, em alguma das etapas do desmatamento, seja para limpar a área para a criação de gado ou para a produção agrícola. Fato é que a queimada contribui para o desequilíbrio do ecossistema e impacta na saúde humana.
Através do gráfico disponibilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Especiais podemos observar como a região Norte é assolada pelas queimadas durante os meses de julho, agosto e setembro.
Conhecida por “temporada do fogo” esses meses representam 81% dos focos de calor, por ser a estação mais seca do bioma, a vegetação se torna mais propícia aos incêndios, assim como o ar menos úmido favorece o alastramento do fogo. Mas a ignição dos incêndios ainda é humana.
Há 38 anos tem-se registro da temporada de fogo na Amazônia, indicam os dados do Map Biomas. O mês de setembro é o que tem maior ocorrência (30,4%). Na série histórica, 1997 é o ano com maior concentração de área queimada entre agosto e novembro.
Segundo o IPAM Amazônia, existem três tipos de fogos mais comuns na Amazônia, são eles:
- Fogo de Desmatamento: Após o processo de desmatamento, depois de derrubada e seca.
- Fogo de Manejo: Limpeza de pastagem, em área de pasto nativo ou cultivado.
- Incêndio Florestal: É o fogo que se espalha e entra na floresta, com impactos diretamente proporcionais à frequência; pode ser originado por chamas que fugiram ao controle humano ou por ação criminosa.