Fórum Econômico Mundial provou que tecnologia e sustentabilidade andam lado a lado

Líderes mundiais reforçaram protagonismo da nova ferramenta nos tempos atuais

A Inteligência Artificial (IA) foi o assunto que centralizou discussões no Fórum Econômico Mundial, que aconteceu em Davos, na Suíça. Líderes mundiais e empresariais debateram sobre os benefícios da tecnologia, e sua relação como facilitadora para a sustentabilidade.

Diversos debates foram gerados através dos painéis, que contaram com a presença de grandes nomes do mercado. Sam Altman, CEO da OpenAI, Satya Nadella, CEO da Microsoft, o CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, o CEO do Bank of America, Brian Moynihan e o CEO da BlackRock, Larry Fink, são alguns dos líderes que marcaram presença no evento.

Ao todo, a agenda da conferência inclui 11 painéis sobre inteligência artificial e governança de IA. Tendo destaque a fala de Ajay Banga, presidente do Banco Mundial, “O sentido de urgência é o nosso único salvador”, afirmou, apontando para a crise climática existente.

A afirmação tem total relação com a fala de John Kerry, político estadunidense, que afirmou sobre o fato do mundo já possuir tecnologia suficiente para trabalhar como facilitadora mas não estar implantando com a rapidez necessária.

Luc Triangle, Secretário Internacional, lembrou a necessidade de um financiamento mundial das ações climáticas nos países, a partir dos países mais ricos, fato que pode ser acelerado com o investimento em IA.Os países desenvolvidos têm de ajudar no financiamento da acção climática nos países em desenvolvimento porque se não o fizermos, esta desigualdade só aumentará e teremos vencedores e teremos perdedores… A reconstrução da confiança não pode ser limitada apenas a vários países. Têm que incluir o mundo inteiro“, afirmou.  

Grandes empresas têm tomado as rédeas, no que diz respeito a tecnologia como aliada da sustentabilidade. O fato do desperdício é um problema enfrentado por diversas empresas, e gera prejuízos financeiros e ambientais. 

Com o uso de sensores e dispositivos conectados, empresas estão utilizando a Inteligência Artificial para coletar informações em tempo real sobre o consumo de energia, água e outros recursos, permitindo uma gestão mais eficiente desses recursos. 

Além disso, a IA tem ajudado na logística de grandes empresas, auxiliando na previsão de demanda e na otimização de estoques por meio de identificação de padrões e análise de dados. Assim, o excesso de produção e o desperdício de materiais podem ser evitados, uma vez que as empresas ajustam a produção e a cadeia de suprimentos de acordo com a demanda prevista pela IA.

A IA também desempenha um papel vital na transição para fontes de energia renovável. Modelos de previsão de demanda energética, otimização de redes elétricas e manutenção preditiva são áreas em que a IA pode melhorar significativamente a eficiência e a confiabilidade.

Por outro lado, a Inteligência Artificial afeta diretamente as demandas de emprego. a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, alertou que a tecnologia pode afetar quase 40% dos empregos globais e agravar as desigualdades.

Essa desigualdade comprova a afirmação do Banco Mundial, de que a economia global deverá desacelerar para a pior meia década de crescimento dos últimos 30 anos. Sem “uma grande correção de curso”, disse o banco, esta será “uma década de oportunidades desperdiçadas”. 

Entretanto, é crucial abordar questões éticas e sociais relacionadas à implementação da IA na busca por soluções sustentáveis. Garantir a equidade no acesso às tecnologias, mitigar possíveis impactos negativos no emprego e considerar as implicações éticas da tomada de decisões automatizada são aspectos que devem ser cuidadosamente considerados.

Em suma, a relação entre Inteligência Artificial e sustentabilidade é uma via de mão dupla, onde a IA impulsiona práticas sustentáveis e, inversamente, a conscientização ambiental orienta o desenvolvimento ético e responsável da ferramenta. Essa parceria dinâmica oferece uma perspectiva otimista para a criação de um futuro mais sustentável, em que a tecnologia não apenas resolve problemas, mas também se alinha aos princípios fundamentais de preservação do meio ambiente e equidade social.

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