O Brasil deixou de ser apenas o país do futebol. Além de outros esportes como basquete e vôlei, outra modalidade tomou conta do país nas últimas décadas: o futebol americano. De acordo com dados da própria NFL, no último Super Bowl, realizado em fevereiro de 2023, a audiência global entre Kansas City Chiefs e Philadelphia Eagles foi de 56 milhões de pessoas – um aumento de 7% em relação a 2022. Somente no Brasil, 2,5 milhões de pessoas assistiram à decisão, incluindo uma audiência média de mais de 500 mil fãs. Os números representam um aumento de 19% em relação ao ano anterior e a maior audiência do Super Bowl no país em pelo menos uma década.
A liga programa a realização de um jogo da temporada regular da NFL no Brasil em 2024, já que o país é considerado um dos principais mercados de captação de novos negócios e receitas. O evento, que acontecerá em São Paulo, deve movimentar cerca de US$ 60 milhões (aproximadamente R$ 291 milhões) segundo a estimativa da SPTuris.
A modalidade impulsiona também as vendas no varejo. Segundo dados da Circana, empresa global de data tech para análise do comportamento de consumo, há registro de aumento nas vendas de algumas categorias de brinquedos, considerando a soma dos doze países medidos no mundo. A categoria de figuras de ação colecionáveis, por exemplo, apresentou bons resultados, impulsionados pelo crescimento da licença da NFL. No total, entre os meses de janeiro a novembro de 2023, foram vendidos mais de 3 milhões de dólares em bonecos colecionáveis da licença da NFL e registrado um aumento de 77% nas vendas, quando comparados com o mesmo período de 2022.
Não é só o mercado de brinquedos que colhe bons resultados. De acordo com a Segmenta, empresa que atua em parceria com a Circana, o futebol americano também apresenta resultados positivos na moda esportiva. Até novembro de 2023, puxado especialmente por vestuário, que corresponde a 93% das vendas da modalidade, o esporte foi o terceiro maior crescimento no Brasil, com um avanço de 25% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. O aumento foi gerado, em especial por uniformes da Nike, fornecedora oficial da NFL.