As principais democracias do Grupo dos Sete (G7), que se reunirão na Itália na próxima semana, abordarão o risco de fragmentação no comércio global. O ministro da Economia italiano, Giancarlo Giorgetti, destacou a preocupação com as tarifas “muito severas” recentemente impostas pelos Estados Unidos contra a China.
Outro ponto da agenda da reunião entre os ministros das finanças do G7, marcada para os dias 24 e 25 de maio, na cidade de Stresa, no norte da Itália, será discutir o uso dos ativos russos congelados e apreendidos após a invasão da Ucrânia em Moscou.
“O mundo tal como o conhecemos está prestes a acabar”, disse Giancarlo Giorgetti, acrescentando que “está em curso uma guerra comercial que reflete tensões geopolíticas” e a Europa ainda precisa de definir o seu próprio papel no cenário em evolução.
Nesta terça-feira (14), os EUA anunciaram um pacote de aumento de tarifas sobre os produtos chineses ligados à tecnologia, como veículos elétricos, semicondutores, baterias, células solares, aço e alumínio.
Os americanos afirmam que a China promove “riscos inaceitáveis” à segurança econômica por conta do que consideram práticas injustas de concorrência, que deixam os produtos chineses mais baratos que a média e roubam fatias dos mercados globais.